Revista O Empresário / Número 160 · Novembro de 2011
A pesquisa mundial do BCG – com 560 entrevistados nas cidades de São Paulo, Recife e Porto Alegre, entre março e abril – mostra as categorias em que o consumidor busca produtos mais acessíveis (movimento classificado como “trading down”) e os segmentos em que há o desejo de itens mais caros (“trading up”).
Enquanto a população dos países em crise procura a segurança do lar para gastar menos, os brasileiros querem gastar mais para ficar em casa. Estão dispostos a aumentar os desembolsos para ter um lar bem decorado e equilibrado, onde possam reunir a família e amigos. Isso deve se refletir no consumo de móveis, decoração e eletrônicos, como TVs e videogames.
Já na hora de se divertir fora de casa, a ordem é economizar – 47% das pessoas ouvidas querem gastar menos com entretenimento; 45%, com restaurantes a la carte; e 44%, com fast-food. Além da reforma e decoração da casa, os alimentos frescos estão no topo das preferências do brasileiro. Mais de 30% não querem economizar com frutas, verduras, legumes, laticínios, frangos, carne e sucos.
Os consumidores também sofisticaram as escolhas na hora de comprar um carro e itens de cuidado pessoal, como desodorantes e pastas de dente. “Em diversas categorias o crescimento do consumo deixa de ser puramente direcionado por volume, como há cinco ou seis anos, e se volta para produtos de mais qualidade”, diz Olavo Cunha, sócio do BCG em São Paulo.