A inadimplência tem despertado opiniões divergentes no mercado. Enquanto para o governo a expectativa é de estabilidade nos próximos meses, para os analistas a alta do juro e a expansão do crédito para as classes C e D tornam o cenário mais preocupante e alertam: o calote no crédito deve aumentar.
Antes de chegar a esta situação extrema, porém, o devedor tem como enxergar os sinais de alerta de que o risco de não pagamento está alto.
“Quando há um caso de doença na família, de morte ou desemprego, não tem o que fazer. São imprevistos que realmente aumentam a chance de inadimplência”, diz o professor de finanças do Insper Ricardo Rocha. “Mas há alguns sinais como cobrir o saldo negativo da conta corrente com o cheque especial.”
Não só utilizar o cheque especial como recorrer a qualquer outro empréstimo para pagar uma dívida existente deve ser um alerta. “A maior parte da inadimplência vem de dívidas do cartão de crédito e financeiras”, diz o consultor Samuel Marques.
Isso porque, juntamente com os cheques especiais, essas modalidades são as opções de crédito mais caras de se pagar. O juro do cartão ode crédito é de 10,69% ao mês, o do empréstimo em financeiras de 9,93% e o de cheque especial de 7,43%, segundo a última pesquisa da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).
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