Revista O Empresário / Número 137 · Dezembro de 2009
A história das vitrines começou na Idade Média, nas feiras, onde as pessoas se reuniam para trocar objetos. Os “mostruários” eram móveis, explica o publicitário e consultor em marketing do Sebrae, Antônio de Pádua Matheus. Com a formação das cidades, os varejos se tornaram fixos e surgiram as lojas.
O comércio era exercido por corporação de ofício, pelo mestre-artesão e aprendizes: oleiros, vidraceiros, pintores de tecidos e ferreiros. O processo de comunicação entre o comerciante e o consumidor se iniciou, lá pelos séculos 12 e 13, com os novos conceitos de layout e de distribuição dos produtos dentro da loja. As lojas conceituais e o fluxo de vitrine tiveram origem em Paris, no século 17.
Procedimentos básicos para a boa divulgação dos produtos.
Primeiro, é preciso escolher o ponto-de-venda, observando que o estabelecimento que não chama a atenção não é encontrado. A comunicação “para fora” inclui letreiro e vitrine iluminada e bonita. O primeiro fator para atrair é o conceito, a ideia. Há vitrines que não expõem as roupas, mas sim fotos de pessoas passando um estilo de vida.
O segundo ponto é a comunicação “para dentro”. Quando o layout chama o cliente para o interior da loja, define o fluxo de deslocamento. Um supermercado, por exemplo, exibe primeiro os caixas, e logo em seguida, os produtos mais caros. Não são produtos básicos, que ficam no fundo da loja, uma vez que o consumidor, ao procurar um supermercado, está à procura deles. A disposição faz o consumidor circular dentro do estabelecimento e, nas gôndolas, o mais caro está na altura dos olhos daquele que tem pressa e não tem paciência de pesquisar.
A atmosfera da loja é fundamental. E o cheiro, o som e a iluminação ajudam a criar um ambiente agradável. Se não tem cheiro, cor, parece que há algo a esconder. É impensável uma padaria sem cheirinho do pão.