Revista O Empresário / Número 134 · Setembro de 2009
Cadente há anos, o uso desse meio de pagamento passa a ser incentivado pelo comércio, como forma de fugir das altas taxas cobradas pelas administradoras de crédito.
O uso de cheques cresceu no setor de vestuário, nas lojas de shoppings e nos postos de gasolina.
Trata-se de um cálculo. Enquanto a inadimplência final na venda com cheque está ao redor de 2,5% sobre a receita, os lojistas são obrigados a pagar 5% da taxa às administradoras de cartões. De cada R$ 100 vendidos com cheque, o lojista recebe R$ 97,50. Nas vendas com cartão, o lojista fica com R$ 95.
O uso do cheque cresce porque o lojista, principalmente o de pequeno porte, está com dificuldade maior para obter capital de giro e faz contas.
Isso não significa que as lojas pararam ou vão deixar de aceitar cartão de crédito. Só que estão concedendo maiores descontos e prazos mais longos no pagamento com cheque.
Levantamento do Banco Central (BC) mostra que, em maio, 8,3% do valor total de cheques trocados no país, de R$ 6,66 bilhõs, foi devolvido.