Revista O Empresário / Número 133 · Agosto de 2009
Enquanto os bancos privados encolheram suas carteiras de crédito, reduzindo a irrigação de recursos às pequenas e médias empresas por causa da crise, as instituições públicas abriram as torneiras, diminuíram as taxas de juros e avançaram terreno expandindo seu market share. As decisões, no entanto, estão sendo tomadas com “responsabilidade”, seguindo à risca o equilíbrio financeiro das carteiras.
“O pedido que temos do governo federal é que as reduções de juros sejam feitas sempre com responsabilidade. São aplicadas de acordo com o equilíbrio financeiro de nossas carteiras de crédito”, garante Zaqueu Soares Ribeiro,da Caixa Econômica Federal (CEF).
“Sempre mantivemos as taxas de juros abaixo do mercado. A valorização das nossas ações na Bovespa mostra claramente que as nossas decisões são acertadas e são técnicas, buscando a ampliação de crédito com qualidade e garantindo rentabilidade para os acionistas”, diz o diretor de crédito do Banco do Brasil .
Crédito mais farto combinado com juros mais baixos resultou em aumento da demanda e ganho de participação.
“Temos recursos para atender todos os clientes”, avisa Soares Ribeiro. Apesar de o bolo ser dividido em partes iguais, 98% da demanda da CEF vem das pequenas e médias empresas, segundo o executivo”.
No BB, o cenário não é diferente. Malieni diz que o crescimento por linhas de financiamentos destinadas às MPEs foi de 45,7% nos doze meses encerrados em março. “Entre setembro de 2008 a março de 2009, o crescimento foi de 16,8% nesse segmento, no momento mais crítico da crise”, explica o diretor de crédito do BB.