Revista O Empresário / Número 133 · Agosto de 2009
Ele passou a vida regendo algumas das orquestras mais famosas do mundo, mas, aos 85 anos, estava quase cego e cada vez mais surdo, o que vinha afastando-o da música. Sua mulher, de 74 anos, estava com câncer e em estado terminal. Edward e Joan Downes resolveram morrer juntos “ e sob circunstâncias de sua escolha”, revelaram os filhos. Downes, que recebeu o título de sir em 1991, e Joan terminaram suas vidas numa clínica suíça, num caso que reabriu a polêmica sobre suicídio assistido no Reino Unido. Eles beberam um coquetel de barbitúricos e morreram, de mãos dadas, sob o olhar dos filhos.
-Eles queriam estar perto um do outro na hora da morte. Estenderam as mãos, cada um de uma cama - contou o filho.
Downes teve uma importante carreira na Royal Opera House e na Orquestra Filarmônica da BBC. Joan foi bailarina. Segundo o agente dele, apenas Joan estava em estado terminal, mas Downes decidiu que não queria sobreviver a ela. “Após 54 anos felizes juntos, eles decidiram terminar suas vidas em vez de continuar a lutar contra sérios problemas de saúde. Eles se consideravam com sorte por terem vidas tão compensadoras”, disseram os filhos, em nota. Você concorda com a atitude do casal?