Nas relações entre pessoas no trabalho existem apenas três regras.
Primeira: colegas passam, mas inimigos são para sempre. A chance de uma pessoa se lembrar de um favor que você lhe fez, vai diminuindo à taxa de 20% ao ano. Cinco anos depois o favor estará esquecido. Não adianta mais cobrar; porém a chance de alguém se lembrar de uma desfeita se mantém estável, não importa quanto tempo passe. Exemplo: se você estendeu a mão para cumprimentar alguém em 2003 e a pessoa ignorou a sua mão estendida, você se lembrará disso toda vez que encontrá-la.
Segunda: a importância de um favor diminui com o tempo, enquanto que a de uma desfeita aumenta. Um favor é como um investimento de curto prazo; desfeita é como um empréstimo de longo prazo, um dia ele será cobrado, e com juros.
Terceira: um colega não é um amigo. Colega é aquela pessoa que durante algum tempo parece um amigo, muitas vezes até parece o melhor amigo, mas isso só dura até um dos dois mudar de emprego. Amigo é aquela pessoa que liga para perguntar se você está precisando alguma coisa. Ex-colega, que parecia amigo, é aquela pessoa que você liga para pedir alguma coisa e ela manda dizer que no momento não pode atender.
Durante a sua carreira, uma pessoa normal terá a impressão de que fez um milhão de amigos e apenas meia dúzia de inimigos. Estatisticamente isso parece ótimo, mas não é. A lei da perversidade profissional diz que no futuro, quando você precisar de ajuda, é muito provável que quem mais poderá ajudá-lo é exatamente um daqueles poucos inimigos.
Portanto, profissionalmente falando e pensando num longo prazo, o sucesso consiste principalmente em evitar fazer inimigos, porque por uma infeliz coincidência biológica, os poucos inimigos são exatamente aqueles que têm boa memória.