Cédulas de tamanhos diferentes, com detalhes impressos com tintas que mudam de cor conforme a luz do ambiente, hologramas e faixas metálicas. Essas são algumas das características das novas notas de real que devem substituir as que circulam no país desde 1994.
O projeto técnico das novas cédulas já foi praticamente finalizado pelo Banco Central. Falta decidir quais figuras serão usadas para ilustrar cada nota . A idéia é usar a imagem de personalidades da história do Brasil, em substituição aos animais usados atualmente.
Segundo o Banco Central, ainda não há data para que essa mudança ocorra. Para que seja implantada, é necessária a aprovação do Conselho Monetário Nacional.
Uma das principais alterações está no tamanho das notas: quanto maior o valor, maior a cédula. A idéia é impedir o uso de um método de falsificação que consiste em apagar a tinta de uma cédula de valor mais baixo e imprimir por cima o desenho de uma nota de valor mais alto.
Essa técnica costuma ser usada porque, de acordo com técnicos do BC, a textura do papel-moeda é um dos aspectos mais difíceis de serem copiados por um falsificador.
Além disso, a diferença de tamanho ajudaria na identificação das cédulas por parte dos portadores de deficiência visual. É o que acontece hoje, por exemplo, com as moedas.
As maiores alterações estão nas notas de valor mais alto, mais sujeitas a falsificacões. As de R$ 50 e de R$ 100, por exemplo, terão algumas partes impressas com uma tinta que muda de cor conforme a luz do ambiente. Em linguagem técnica, é o que se chama de “tinta oticamente variável”.
Hologramas também serão colocados nessas duas notas, com o objetivo de impedir que sejam feitas cópias em máquinas de digitalização (os chamados “scanners”).