Questões como a dupla jornada do professor e os baixos salários dos docentes exercem pouca influência sobre o desempenho do aluno.
Ao mesmo tempo, o ambiente familiar, o tempo de permanência em sala de aula e o início dos estudos ainda na pré-escola exercem influência no desempenho dos estudantes.
Essas informações foram levantadas com base nos resultados do Sistema de Avaliação do Ensino Básico (Saeb) de 2005, responsável por examinar o desempenho em português e matemática dos alunos de todo o Brasil.
TEMPO DE ESTUDO
Os estudantes que passam entre 4 e 5 horas ou mais de 5 horas na sala de aula têm desempenho melhor do que aqueles que ficam menos de 4 horas. Os resultados também mostram que os alunos que fizeram pré-escola têm uma atuação superior em relação aos que não cursaram esta etapa do ensino, principalmente na 4º e na 8º séries. “Só a educação escolar não é suficiente. É importante os pais acompanharem os filhos no desenvolvimento dos conteúdos aprendidos em sala de aula, porque é dessa forma que a criança aprimora o aprendizado:
Dados do Saeb indicam que no aprendizado de matemática na 4º série, 12% estão no nível muito crítico, 40% no crítico, 40% no intermediário e apenas 8% estão com aprendizado adequado. No caso da 8º série, a soma de crianças nos níveis críticos e muito críticos atinge 60%, enquanto na 3º série do Ensino Médio quase 70% dos estudantes estão nesta situação.
“As diretrizes para a educação ainda precisam ser melhoradas na questão do aprendizado, nos processos formativos e no tempo de ensino em sala de aula. Sem esquecer que o professor precisa ser melhor capacitado em sua profissão”, avalia a professora de Educação Física. Renata de Jesus.