Conhecimentos maduros de áreas específicas, boa formação acadêmica na graduação, pós-graduação, MBA, domínio de idiomas. Exigência demais?
Pois o mercado já tem uma demanda adicional: capacidade de liderar. O problema é que os salários não vêm acompanhando esse aumento de responsabilidade que se espera dos funcionários.
Ter boa formação apenas não resolve. É preciso que o líder motive a equipe, sobretudo em momentos difíceis, mostre horizontes e indique como o liderado pode melhorar sua carreira. As empresas querem alguém que tenha um papel de influência sobre a equipe.
Essa tendência se choca com outra grande barreira: a remuneração. Há profissionais que preferem não assumir um posto de comando porque não consideram suficiente o adicional de salário para deixar uma posição técnica.
O alerta é reforçado por Fernanda Queiroz e Souza, coordenadora de departamento da D. Queiroz Associados, empresa de recolocação de executivos. Ela explica que o não preenchimento de determinados cargos ocorre por conta do salário apresentado.
“Erram as empresas que querem contratar profissionais capazes de fazer gestão de pessoas, mas oferecem remuneração de técnico”, salienta Fernanda.
O caminho da melhor remuneração e da garantia do preenchimento dos cargos que hoje sobram está na especialização. Tanto para o atendimento técnico como também para o cumprimento da função de comandar pessoas.