A carga tributária brasileira é uma das mais altas do planeta, como você bem deve saber. Ainda assim com alguma dose de planejamento, é possível reduzir o tamanho do fardo sem sonegar ou sair da lei.
CONSIDERE REDUZIR SEU PRO-LABORE
Se o pró-labore é a principal fonte de remuneração dos sócios-diretores, saiba que sua empresa pode estar gastando demais com o Fisco. Afinal, o pró-labore está sujeito a todos os encargos da folha de pagamento, como a contribuição patronal para o INSS para as empresas fora do Simples, FGTS, pagamento de adicional de férias e do décimo-terceiro.
Junto, tudo isso pode somar até 48% do seu pró-labore. Mas você pode reduzir o tamanho da mordida se diminuir uma parte de seu pró-labore e aumentar as retiradas mensais de dividendos, desde que haja lucros acumulados no passado. O sistema tem ainda outra vantagem: a remuneração referente à distribuição de lucros está livre do Imposto de Renda para pessoa física.
Cuidado, porém, para não ir com muita sede ao pote. Para evitar problemas com o INSS, é preciso pagar aos sócios-diretores um pró-labore mínimo, de preferência próximo dos limites de isenção do Imposto de Renda, atualmente de aproximadamente 1.300 reais, e certificar-se de que há lucro acumulado suficiente para o pagamento.
A distribuição antecipada de lucros ainda não auferidos pode caracterizar pagamento disfarçado de salários e complicar a situação da empresa com o Fisco.