Revista O Empresário / Número 182 · Setembro de 2013
Estudo realizado pelo Serviço de proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostra que mais de um terço (36%) das empresárias casadas admitem que abririam mão do relacionamento conjugal caso o marido ou companheiro dissesse: "ou eu ou o trabalho".
Outros 40% das entrevistadas afirmam que precisariam pensar mais a respeito antes de tomar uma decisão, mas não descartariam a possibilidade de romper com o relacionamento.
Por outro lado, segundo o estudo, 55% das empreendedoras disse que não foi necessário abrir mão de nada para se tornarem empresárias e que conseguem equilibrar o tempo entre a vida familiar e a profissional.
Essa pesquisa, realizada como parte das comemorações ao Dia Internacional da Mulher, contou com entrevistas pessoais de 601 mulheres donas de algum empreendimento do ramo de serviços ou comércio em todas as capitais brasileiras. A margem de erro é de no máximo 4 pontos percentuais.
De acordo com as empreendedoras entrevistadas, fatores como persistência (40%), confiança (20%), ousadia (16%) e talento (14%) foram os que mais contribuíram para as suas conquistas profissionais como empresárias.
Mesmo atuando fora de casa com o negócio próprio, as mulheres empreendedoras não abandonaram as atividades domésticas. O levantamento indica que em 47% dos casos elas são as únicas responsáveis pelas tarefas do lar, como cuidar dos filhos, lavar, passar e cozinhar.
Além de somarem funções da carreira às atividades domésticas, 49% das empreendedoras afirmam que dedicam mais tempo à profissão do que faz um trabalhador assalariado formal. Ou seja, elas trabalham mais de oito horas por dia.
Entre as mulheres casadas ou que vivem em união estável, 70% disseram ter participação total ou parcial no pagamento das contas da casa, sendo que dessas, 14% se responsabilizam sozinhas pelo pagamento das despesas e 56% dividem os custos com o marido