Revista O Empresário / Número 182 · Setembro de 2013
Ela remonta ao tempo do paganismo, quando se celebrava o ressurgimento do Sol no último dia da Saturnália (17 a 24 de dezembro).
Era a festa mais antiga do Império Romano.
Por isso, e durante os primeiros 3 séculos da nossa era, os cristãos não celebraram o Natal . Esta data só começou a ser comemorada por eles – e por nós -- após o início da construção política da Igreja Romana, no século 4º, quando o Imperador Constantino, convertido ao cristianismo, ordenou que o Natal fosse observado para sempre, como festa cristã, no mesmo dia da secular festividade em honra ao (re)nascimento do Astro-Rei.
E como fazia (e faz) frio no hemisfério norte em dezembro, as fogueiras acesas daqueles tempos passaram a ser representadas pelas velas e por milhões de luzes que decoram as casas, prédios, ruas, cidades -- e pinheiros -- em mais de cem países do mundo.
E o que é que se bebia? Vinho, vinho desde a parreira de Adão e Eva.
A videira e o vinho estiveram (e estão) presentes nos principais rituais religiosos, freqüentando todas as celebrações. Porque o vinho, como observa o consultor Marcelo Copello, é também o símbolo da revelação -- da verdade.
A embriaguez era considerada, ao mesmo tempo, um excesso e uma janela para a verdade. A máxima enófila "in vino veritas" (no vinho, a verdade), ilustra esta crença.
E o cultivo da vinha era uma atividade sagrada. Tanto que Baco, pintado aqui magistralmente por Caravaggio, era um deus.
E o cultivo da vinha era uma atividade sagrada. Muitos dos vinhateiros eram os próprios sacerdotes, que determinavam, todos os anos, o dia da colheita e o dia em que se poderia beber o vinho novo.
Mas não precisamos ir mais longe: na Última Ceia, Jesus Cristo escolheu o vinho como símbolo de seu sangue e aqui está o belíssimo quadro que Leonardo Da Vinci pintou por encomenda de seu protetor, o Duque de Milão, Lodovico Sforza (L'Ultima Cena)~
E a Bíblia se refere ao vinho desde suas primeiras páginas e o cita, no total, cerca de 450 vezes. O Velho Testamento mostra a bebida como dádiva intelectual e espiritual e há, nele, inclusive, uma bonita metáfora, segunda a qual Jesus é representado pelo cacho de uvas, cujo esmagamento constitui um sacrifício voluntário, e cujo sumo é seu sangue. Jesus teria elevado, deste modo, a nossa natureza, fraca como a água, até ele, tornando-nos participantes da natureza divina.
Por isso, e para comemorarmos juntos o Natal então, aí vão os votos deste blog em 25 idiomas!
Alemanha - Fröhliche Weihnachten
Bélgica - Zalige Kertfeest
Brasil - Feliz Natal
Bulgária - Tchestito Rojdestvo Hristovo, Tchestita Koleda
China - Sheng Tan Kuai Loh (mandarim)
Croácia - Sretan Bozic
Dinamarca - Glaedelig Jul
Eslovênia - Srecen Bozic
Espanha - Felices Pascuas, Feliz Navidad
Estados Unidos da América - Merry Christmas
Finlândia - Hauskaa Joulua
França - Joyeux Noel
Grécia - Eftihismena Christougenna
Holanda - Hartelijke Kerstroeten
Inglaterra - Happy Christmas
Irlanda - Nodlig mhaith chugnat
Itália - Buon Natale
México - Feliz Navidad
Noruega - Gledelig Jul
País de Gales - Nadolig Llawen
Polônia - Boze Narodzenie
Portugal - Feliz Natal
Roménia - Sarbatori vesele
Rússia - Hristos Razdajetsja
Suécia - God Jul
E o meu, pessoal: faça alguma coisa que lembre generosidade, hoje. Cumprimente um desconhecido, liga para um desafeto. Ajude alguém que precisa.