Revista O Empresário / Número 182 · Setembro de 2013
Separamos uma lista com oito delas. Não se assuste se você se encaixar em uma -ou mais. Em todo caso, se notar que os níveis são alarmantes, a dica é procurar um especialista. Confira!
#1 Síndrome do toque fantasma - Trata-se daquela sensação de que o seu celular está vibrando no seu bolso, fazendo com que você o pegue de cinco em cinco minutos para conferir. A síndrome é mais comum do que imaginamos, de acordo com Larry. Segundo ele, pelo menos 70% das pessoas que assumem usar muito o celular sofrem este tipo de “delírio”. Para o professor, a sensação está relacionada aos mecanismos de resposta do nosso cérebro.
#2 Nomophobia - Nada mais é do que aquela terrível sensação de ansiedade ao ficar sem celular. A palavra nomophobia é uma abreviatura de “no-mobile phobia”, ou seja, medo de ficar sem o telefone móvel. Para algumas pessoas, quando o celular fica sem bateria e não tem nenhuma tomada por perto, há aquela desconfortável sensação de privação e distanciamento do mundo. Segundo o professor, por conta do acesso que a maioria dos celulares tem às redes sociais, ficar sem o aparelho pode causar a sensação de solidão e abandono.
#3 Náusea Digital (Cybersickness) - Trata-se da vertigem que algumas pessoas sentem quando interagem com alguns ambientes digitais. Em tempos de Gifs, sites em flash e um sem número de experiências em 3D, torna-se cada vez mais comum pessoas sentirem-se tontas e nauseadas ao interagirem com este universo fora do comum.
Essas tonturas e náuseas resultantes de um ambiente virtual foram apelidadas de Cybersickness. O termo surgiu na década de 1990 para descrever a sensação de desorientação vivida por usuários iniciais de sistemas de realidade virtual. É basicamente o nosso cérebro sendo enganado e ficando enjoado por conta da sensação de movimento quando não estamos realmente nos movimentando.
#4 Depressão do Facebook - Enquanto acreditamos que as redes sociais, ao aumentarem as possibilidades de interação entre as pessoas torna-as mais felizes, um estudo da Universidade de Michigan mostra que não. O estudo aponta que a depressão entre os jovens está diretamente ligada ao tempo que passam no Facebook. Aquela história de que o Facebook é o mundo ideal, onde todos são felizes, bem sucedidos, engajados e populares, pode levar o usuário a crer que todo mundo tem uma vida melhor que a dele, causando a depressão.
Outro ponto é, justamente quando o usuário faz postagens que não repercutem como ele imaginava que aconteceria, causando profunda frustração. O experimento realizado por Rosen mostrou que os usuários que têm muitos amigos na rede social mostraram ter menor incidência de problemas emocionais, quando o uso da mídia social é associado a outras formas de contato, como o telefone, por exemplo.
#5 Transtorno de Dependência da Internet - Diz respeito ao uso excessivo e irracional da internet com interferência direta no dia a dia. A utilização compulsiva é frequentemente vista com sintoma de alguma doença maior, como depressão, TOC, Transtorno de Déficit de Atenção e ansiedade social, como afirma a Dra. Kimberly Young, médica responsável pelo Centro de Dependência da Internet, que trata de inúmeras formas de dependência à rede. Segundo ela, as formas de vício em internet geralmente estão ligadas a “baixa autoestima, baixa autossuficiência e habilidades ruins”.
#6 Vício de jogos on-line - Embora não seja reconhecido oficialmente como uma doença, o vício em jogos on-line se manifesta como qualquer outro. Existem vários grupos de apoio espalhados pelo mundo, tal como os “Alcoólicos Anônimos”, ajudando pessoas a lidar com o problema. “Quando você é dependente de algo, seu cérebro basicamente está informando que precisa de certas substâncias neurotransmissoras, particularmente a dopamina e a serotonina, para se sentir bem”, diz Rosen. Segundo ele, esta regra se aplica em qualquer caso de vício, em que o cérebro sente a necessidade receber os neurotransmissores exige que você faça repetidamente a atividade para se sentir bem.
#7 Cibercondria, ou hipocondria digital - Trata-se da tendência de o usuário acreditar que tem todas as doenças sobre as quais leu na internet. Grande parte deste problema está justamente na quantidade infindável de informações relacionadas a doenças -nem sempre confiáveis- disponíveis na rede. Pessoas recorrem ao “médicos virtuais” para identificar a causa de pequenos problemas, como dores de cabeça por exemplo. A partir daí, com um pouco de informação e muita imaginação, o usuário passa a pensar que tem algo grave.
#8 O efeito Google - É quando, por conta da facilidade em encontrar todo tipo de informação na internet, nosso cérebro passa a reter uma quantidade menor de informações. O cérebro passa agir como se não mais necessitasse memorizar certas informações, já que as conseguiria com facilidade na rede. Segundo o Dr. Rosen, esta mudança não é necessariamente ruim, uma vez que marca uma mudança social que apontaria para uma geração mais esperta e bem informada.
O perigo, no entanto, reside justamente em conhecimentos que precisamos memorizar (matérias de prova, por exemplo), mas não o fazemos pela facilidade em encontrá-lo no Google.