Revista O Empresário / Número 163 · Fevereiro de 2012
O principal desafio das empresas atualmente, é manter os talentos motivados para não perdê-los para a concorrência. No entanto, outro problema costuma ser esquecido na definição de estratégias de RH: as promoções equivocadas. Na tentativa de valorizar um funcionário, não é raro que uma empresa transfira um bom técnico para as funções administrativas inadequadas ao seu perfil. Este é o pior dos mundos, pois desperdiça o talento dentro da organização.
A falta de criatividade na hora de definir programas de salários, segundo o consultor Timothy Altaffer, da Axialent, é um problema enfrentado na maioria das companhias nacionais. “O uso da velha estrutura horizontal, em que a pessoa precisa ser promovida a um cargo gerencial para ser valorizada, é vista como um problema na hora de reter talentos” explica. “Somente as companhias mais jovens, ligadas à tecnologia, como o Facebook e o Google, parecem entender que é preciso montar uma estrutura de carreira mais inovadora”.
As empresas que dependem de inovação para sobreviver estão entre as mais pressionadas a equipar os técnicos de primeira linha a cargos gerenciais e de dedicação. A “carreira em Y” permite que os salários e benefícios sejam parecidos em qualquer um dos rumos possíveis: a carreira técnica ou em cargos de gestão. À medida que os profissionais de nível técnico crescem dentro da empresa, as decisões sobre promoções são feitas.