Num efeito colateral, a internet dos iPhones acabou com as discussões de mesa de bar. Não se lembra o nome daquela atriz, que fez aquele papel, naquela novela? Dá um Google nela. As incertezas não duram mais de alguns segundos.
“Não tem mais polêmica nem apostas. Quando um amigo duvida, alguém do grupo entra na internet, faz uma busca e cala a boca dos outros”, afirma o contador Guilherme Araújo.
Muito além da compulsão pela internet, os smartphones já causam dependência e problemas de relacionamento.
“ O contato social entre os amigos diminuiu. A internet virou um espaço de convivência, as pessoas ficam aprisionadas e as intimidades tornaram-se públicas”, diz o psicólogo Cristiano Nabuco, coordenador do Grupo de Dependência de Internet do Instituto de Psiquiatria da USP. Num jantar com sete amigos, viu cinco deles responder e-mails no iPhone.
Para o consultor de etiqueta Fábio Arruda, o vício no aplicativo do iPhone passa pela falta de educação e equivale a tirar um jogo de palavras cruzadas da bolsa e negligenciar atenção a quem está no grupo.