Revista O Empresário / Número 123 · Setembro de 2008
Olha no teu jardim as rosas entreabertas, e nunca as pétalas caídas...
Observa em teu caminho a distância vencida e nunca o que falta ainda...
Guarda do teu olhar os brilhos de alegria e nunca as névoas de tristezas...
Retém da tua voz risadas e canções e nunca os teus gemidos...
Conserva em teus ouvidos as palavras de amor e nunca as de ódio...
Grava em tua pupila o nascer das auroras e nunca os poentes...
Conserva no teu rosto as linhas do sorriso e nunca os sulcos do teu pranto...
Conta aos homens o azul das tuas primaveras e nunca as tempestades do verão...
Guarda da tua face apenas as carícias, esquece as bofetadas...
Conserva de teus pés os passos retos e puros, esquece os transviados...
Guarda de tuas mãos as flores que ofertaram, esquece os espinhos que ficaram...
De teus lábios conserva as mensagens bondosas, esquece as maldições.
Relembra com prazer as tuas escaladas, esquece o prazer fútil das descidas...
Relembra os dias em que foste águas limpas, esquece as horas em que foste brejo...
Conta e mostra as medalhas das tuas vitórias, esquece as cicatrizes das derrotas.
Olha de frente o sol que existe em tua vida, esquece a sobra que fica atrás...
A flor que desabrocha é bem mais importante do que mil pétalas caídas. Só um olhar de amor pode levar consigo calor para aquecer muitos invernos...
A bondade é mais forte em nós e educa muito mais do que o mal que nós mesmos praticamos.
Sê otimista, e não te esqueces de que é no fundo das noites sem luar que brilham muito mais as estrelas.
Que o teu jardim seja o mais florido do mundo!
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