Revista O Empresário / Número 123 · Setembro de 2008
Dizer o que precisa ser dito - nem mais nem menos. Vale o exemplo do chefe que mandou o assessor responder à cartinha do cliente. O auxiliar alegrou-se. Finalmente havia chegado a hora de mostrar talento e galgar degraus na empresa. Arregaçou as mangas e pôs mãos à obra. Eis o resultado:
Em resposta a sua missiva referente ao assunto supracitado, pelo qual fomos instruídos pelo distinto cliente para nos conservamos à disposição do beneficiário, cumprimos o dever de informá-lo de que, até o presente, não fomos procurados pelo senhor Silva, nem recebemos quaisquer indagações sobre o mencionado senhor. O objetivo desta é pô-lo ao corrente do que se vem passando, no caso de o distinto cliente se disponha a nos oferecer instruções ulteriores sobre o assunto.
Você entendeu? Nem o chefe. Expurgada da desnecessária verborragia, a carta ficaria assim:
Ainda não fomos procurados pelo senhor Silva, nem recebemos indagações a seu respeito. Alguma sugestão?
Resultado: o pedido de aumento de salário ficou pra Deus sabe quando.