Revista O Empresário / Número 123 · Setembro de 2008
Estas são as qualidades mais importantes para quem tem a ambição de escalar degraus com o foco voltado para o topo.
LIDERANÇA
O 10º Fórum Global de Liderança da Unesco levantou quatro novos paradgimas - além de antigos poder e autoridade - da liderança. Segundo o órgão, o líder tem de ser uma influência responsável e equilibrada, perseguir objetivos de interesse comum com a sua equipe, ser coerente (caminhar do jeito que fala) e fecundo. Um líder não deve deixar que determinismo como ‘tudo que nasce, se desenvolve, atinge um pico, declina e morre’ aconteçam na empresa. Ele tem de ser um superador de obstáculos.
FLEXIBILIDADE
Mudar de idéia não é um problema. Hoje, o crime é demorar para fazer isso. Os jovens executivos têm uma certa deficiência nesse quesito. Pelo menos é o que demonstra uma pesquisa feita pelo IBMEC São Paulo. Numa auto-avaliação, cerca de 1.500 executivos que cursaram as aulas de liderança e gestão de pessoas na instituição atribuíram as menores notas para a qualificação “flexibilidade”. Em uma era de discernimento - etapa seguinte á informação - como a de hoje, a idéia da flexibilidade/adaptabilidade é cada vez mais preponderante para que se possa saber como usar o conhecimento de forma efetiva na organização.
COMUNICAÇÃO
Respeite para ser respeitado e diga sempre a verdade - com habilidade. Essas são regras fundamentais para evitar mal-entendidos e insatisfação no ambiente de trabalho. É preciso ser franco, direto e emitir opiniões às vezes desagradáveis, mas com justiça. Saber gerar impacto e interesse em todas as edições - para cima (chefes), para baixo (subordinados) e para os lados (clientes e fornecedores) - é também essencial para o executivo. Tem que saber ouvir e se comunicar, especialmente nas formas não-verbais, para criar empatia. É preciso olhar nos olhos e não fazer cara de desinteresse ou ficar digitando no computador quando solicitado.
MATURIDADE EMOCIONAL
É uma habilidade que, geralmente, vem com a experiência e a idade. É dotada dessa característica profissonal que no momento de crise, pondera e conduz a equipe à melhor solução do problema. O executivo imaturo resolve tudo no grito. A falta dessa maturidade, com o tempo, corrói a base de compromissos e satisfação no ambiente de trabalho. Ao contrário do que ocorria há dez anos, o mundo empresarial testa e referenda essa habilidade. É comum em entrevistas o candidato ser convidado a expor sua atitude diante de uma grande crise profissional.
TRABALHAR EM EQUIPE
Se você é daqueles que não aceitam receber tarefas além da sua alçada de atuação, cuidado. Desenvolver uma carreira de sucesso hoje, exige que o profissional coloque as necessidades urgentes da empresa acima da descrição convencional do que compete ao seu cargo.
VISÃO GLOBAL
O Headhunter Simon Franco lança mão da seguinte metáfora para ilustrar a importância de enxergar além da própria mesa de trabalho e conhecer a empresa e os concorrentes:
O universo dos negócios é como um jogo de xadrez. Os amadores esperam a jogada do rival para só depois pensar em como mexer suas peças. Já os profissionais vislumbram três, quatro jogadas à frente, no mínimo. Os meios de comunicação são como atalhos para todas as partes do mundo e quem almeja uma carreira bem sucedida tem que buscar as soluções utilizando as diversas ferramentas disponíveis.
INICIATIVA
Identificar e superar obstáculos de forma pró- ativa sempre deve estar em pauta. É o que se chama de “pensar fora da caixa”. Isso significa forçar a saída da zona de conforto e permitir ser guiado pelo instinto, desde que possua as ferramentas técnicas próprias e maturidade profissional. As empresas dizem preferir um executivo que acerte 70% das vezes (não sempre), desde que o profissional seja rápido e proativo. Quando você vai além do seu trabalho e traz resultados, deixa a sua marca.
APRENDIZADO CONSTANTE
Não basta apenas ser bom. É preciso ser o melhor. Isso tem de ser uma espécie de mantra para aqueles que buscam o sucesso na carreira. Para isso, o profissional precisa ter sede de saber e ir além da lição de casa. Atualmente por exemplo, a empresa que não tem como premissa a sustentabilidade (social, ambiental e humana) não atende às necessidades do mercado. Para tanto, é fundamental que o executivo tenha uma inquietude natural pelo novo, esteja permanentemente buscando aprender e interagir com alternativas para fazer o melhor. Não ser o dono da verdade absoluta, saber escutar e reconhecer que sua idéia não é a mais apropriada é um ato de competência executiva.