Revista O Empresário / Número 113 · Outubro de 2007
Em nossa idade, depois do meio século, o amor percorreu estradas, dobrou esquinas e optou em encruzilhadas.
Já errou,
Já acertou,
Já deslizou,
Já se arrependeu e, inevitavelmente, o tempo se foi.
Viveu-se o amor, perdeu-se o amor, alguns pelas mãos de Deus, outros pelo enfraquecimento do viver a dois.
Hoje, o nosso olhar em direção ao amor continua mais lindo, pois na longa caminhada dos sentimentos, aprendemos a somar, a dividir e multiplicar, sem chances de diminuir o conhecimento do sentimento do amor.
O amor maduro chega de mansinho e se aloja em nossa vida, sem tempo para acabar.
O caminhar a dois é mais sereno, a cumplicidade existe, o carinho é mais espontâneo, não nos inibimos diante do querer, a sintonia é completa e as lembranças são depositadas no álbum das saudades, que guardamos, de um tempo que não volta mais.
Namorar na nossa idade é carregar a ternura no olhar.
O brilho é mais intenso, a vontade de acertar é mais forte.
A construção do caminhar a dois é a soma do querer, é o encontro de duas almas aplaudidas por dois corações que dividem a emoção de amar.
As pequeninas atitudes, os gestos e os detalhes são os alimentos que sustentam este amor.
Viver a dois é a alegria da companhia, do chamego dengoso, dos beijos ainda calientes, dos insinuantes olhares quando o desejo se manifesta e a promessa no olhar de que em todo amanhecer, será o mais belo bom dia entre dois seres que encontraram o amor.
Amar nunca é demais.
Feliz daquele que tem um enorme coração, capaz de amar e acima de tudo saber ser amado.