Revista O Empresário / Número 113 · Outubro de 2007
Zé foi-se confessar ao Padre...
Zé: - Sua benção Senhor Padre.
Padre: - Deus o abençoe meu filho.
Zé: - Padre, o Senhor lembra-se do João pintor?
Padre: - É claro meu filho.
Zé: - Pois é padre, o João faleceu.
Padre: - Que pena, morreu de quê?
Zé: - O senhor sabe que moro numa rua sem saída e minha casa é a última. Pois é, ele desceu muito rápido com o carro e bateu no muro lá de casa.
Padre: - Coitado, morreu de acidente.
Zé: - Não, ele bateu com o carro no muro e voou pela janela, caiu dentro do meu quarto e bateu a cabeça no meu guarda- roupa de madeira.
Padre: - Que pena, morreu de traumatismo craniano.
Zé: - Não padre, ele tentou levantar-se pegando na maçaneta da porta que se soltou e ele rolou pela escada abaixo.
Padre: - Coitado, morreu de fraturas múltiplas.
Zé: - Não padre, depois de rolar a escada ele bateu na geladeira, que caiu em cima dele.
Padre: - Que tragédia, morreu esmagado.
Zé: - Não, ele tentou se levantar e bateu as costas no fogão, a sopa que estava fervendo caiu em cima dele.
Padre: - Coitado, morreu desfigurado.
Zé: - Não padre, no desespero saiu correndo, tropeçou no cachorro e foi direto ao quadro eléctrico.
Padre: - Que pena, morreu eletrocutado.
Zé: - Não padre, morreu depois de eu dar dois tiros no meio da testa.
Padre: - Zé, você matou o João???
Zé: - Claro Padre, aquele danado estava destruindo a minha casa toda...