“Sim, existe uma deficiência quando o assunto é língua portuguesa”, afirma a gerente nacional de recrutamento e seleção da ManpowerGroup, Lisângela Melo, ao falar sobre os erros de português cometidos por jovens nos testes para o preenchimento de vagas de estágio.
Ela esclarece que a redação e os testes gramaticais aplicados são uma pré-seleção para verificar a escrita, o vocabulário e o encadeamento das idéias e identificar se o candidato continuará no processo seletivo. “O jovem está menos preparado de uma maneira geral e não é tão estimulado à leitura”, diz.
Ela destaca que muitos adquiriram uma escrita “resumida” por causa das redes sociais. Com isso, cometem erros de concordância e se perdem na hora de defender uma idéia, mas lembra que não é somente no teste que o candidato é avaliado. “Na entrevista, ele é mais avaliado ainda, por isso, não basta escrever bem, tem que falar corretamente para conseguir a posição.”
Para a gerente da Page Talent, Manoela Costa, a leitura é mesmo fundamental para uma comunicação eficiente. “O jovem que lê, certamente se sairá melhor durante testes de redação e de gramática.” Manoela orienta os jovens a ficarem atentos aos vícios de linguagem e aos estrangeirismos. Ela também enfatiza que as preocupações com outros requisitos levam os candidatos a esquecerem do mais importante: a língua portuguesa.