Novo índice também aponta o que você deve fazer para melhorar sua situação
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) lançou no dia 19 o Índice de Saúde Financeira do Brasileiro (I-SFB), especialmente destinado aos cidadãos, empresas e entidades que buscam melhorar sua saúde financeira ou investem em educação financeira.
Desenvolvida em cooperação técnica com o Banco Central do Brasil, com apoio dos bancos associados à Federação, membros do Sistema Financeiro Nacional e acadêmicos especialistas em protocolos internacionais sobre o tema, a ferramenta permite um diagnóstico individual para identificar vulnerabilidades e personalizar estratégias de educação financeira. Assim, o indivíduo pode avaliar o que é capaz de fazer para melhorar suas finanças pessoais e aumentar sua saúde financeira, podendo também mensurá-la ao longo do tempo e compará-la com a média nacional.
Em linhas gerais, o conceito de saúde financeira compreende:
• Ser capaz de cumprir as obrigações financeiras correntes;
• Ser capaz de tomar boas decisões financeiras;
• Ter disciplina e autocontrole para cumprir objetivos;
• Sentir-se seguro quanto ao futuro financeiro;
• Ter liberdade de fazer escolhas que permitam aproveitar a vida.
Para saber seu índice, basta entrar no site indice.febraban.org.br e responder gratuitamente a um questionário curto e simples, podendo, em seguida, salvar suas informações. A partir de 18 perguntas, o sistema calcula uma pontuação que vai de 0 a 100. Com esse número em mãos, a pessoa verifica em que nível de saúde financeira está, em uma classificação que vai de ruim a ótima.
Tendência mundial, o índice já foi implantado em países como Estados Unidos, Escócia e Cingapura. A maior diferença do modelo brasileiro para os internacionais está na importância da base socioeconômica da população, o que tem influência tanto no sentimento de segurança financeira, como também na habilidade para se informar e na capacidade de se engajar em bons comportamentos. Por exemplo: uma pessoa organizada, que controla suas contas e tem conhecimento e disposição para poupar, pode não ter dinheiro sobrando no fim do mês devido à realidade de seu dia a dia. O I-SFB leva tudo isso em conta.
Dessa forma, o recurso proporciona ainda uma análise agregada da vida dos brasileiros, contribuindo para o aperfeiçoamento de políticas públicas e ações privadas.
PESQUISA
Para implementação do I-SFB, foi feita, com consultas a 5.220 entrevistados no ano passado, a pesquisa mais abrangente sobre a vida financeira do brasileiro de todas as classes socioeconômicas nas cinco regiões do país.
Resultado: o índice médio de saúde financeira do brasileiro adulto, na escala de 0 a 100, é de 57 pontos. Assim, todos os brasileiros poderão medir sua saúde financeira, compará-la com as de pessoas em situação parecida e saber o que fazer para melhorá-la.
Dessa média de 57 pontos para baixo, há uma área de maior estresse financeiro. Quando o I-SFB sobe, o estresse dá lugar à sensação progressiva de bem-estar financeiro.
Confira abaixo um resumo da situação dos brasileiros pesquisados:
• A grande maioria paga suas contas, mas vive um limite justo entre renda e gastos;
• Raramente sobra dinheiro no fim do mês;
• Convivem com estresse por causa dos compromissos;
• Poucos se sentem capazes de reconhecer um bom investimento;
• Poucos conseguem perceber quando precisam de orientação sobre como lidar com seu dinheiro;
• Sentem que não estão garantindo o futuro financeiro;
• Admitem que outro jeito de lidar com o dinheiro permitiria aproveitar melhor a vida.
O retrato dessa pesquisa é indicativo de que ferramentas de diagnóstico como o I-SFB, junto com educação financeira, podem ser aliados dos brasileiros no alcance de uma vida com menos estresse e maior bem-estar financeiro.