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Comunicação



Publicado em: 07/08/2018

Já notou quanto tempo você passa conectado a smartphones e computadores? Um estudo sobre o uso de internet e redes sociais no mundo em 2017 revelou que o Brasil é o terceiro país que passa mais tempo à internet.

Segundo a pesquisa realizada pela agência We Are Social e a plataforma Hootsuite, o brasileiro passa mais de nove horas por dia conectado por meio de qualquer dispositivo. São 130 milhões de usuários das redes sociais, o que representa 62% da população. Desses, 120 milhões acessam pelo celular, ou seja, 57% dos brasileiros.

A doutora Anna Lucia King, especialista em saúde mental e professora de pós-graduação da UFRJ, faz um alerta para a possibilidade de carregar as relações virtuais no bolso, todas a um clique de distância.

Fundadora do Instituto Delete, cuja proposta é orientar a população sobre o uso consciente das tecnologias e oferecer suporte no tratamento da nomofobia (síndrome definida pelo medo de ficar sem celular ou sem forma de se comunicar com o mundo), Anna entende que precisa de ajuda quem é usuário abusivo por dependência patológica com transtorno associado, e não somente por lazer ou trabalho:

— Quem tem síndrome do pânico acaba se sentindo inseguro ao sair de casa sem o telefone porque imagina que algo ruim vai acontecer com ele e não vai ter como avisar aos outros; quando existe o vício em compras, o usuário pode aproveitar as facilidades do clique para alimentar o consumismo; alguém tímido pode se esconder nos murais das redes. Dessa forma, uma pessoa compulsiva pode usar as tecnologias, até mesmo jogos ou sites pornográficos, para representar e potencializar alguma patologia — explica.

A professora conta que existem sinais para perceber se alguém está fazendo o uso indevido da internet. São casos extremos, mas que devem ser encarados com seriedade e tratados com psicologia, psiquiatria e terapias em grupo:

— O corpo dá sinais quando as tecnologias são usadas de forma errada. A insônia e os problemas posturais são indícios que podem ser notados pelo usuário abusivo ou pessoas ligadas a ele. Isolamento, perda ou ganho excessivo de peso e a falta de hábitos de higiene também são sinais — destaca Anna.

O Instituto Delete defende o uso digital consciente e pesquisa o impacto das tecnologias no comportamento humano.

O núcleo aponta dez passos para um detox digital, e a fundadora explica cada uma delas:

1 - Bom senso para que o uso das tecnologias não se torne abuso no cotidiano. Preste atenção no tempo de uso das tecnologias porque tudo em excesso faz mal. Também não incentive que crianças de até três anos usem os dispositivos como brinquedos. Quando forem maiores, ceder os tablets e smartphones com limites de horário.

2 - Fique atento às consequências físicas (privação de sono, dores na coluna, problemas de visão) e psicológicas (depressão, angústia, ansiedade) devido ao uso abusivo das tecnologias. Passar muitas horas aos dispositivos causa reflexos na saúde que são fáceis de serem evitados com o uso consciente. Não deixe que as facilidades tomem sua qualidade de vida.

3 - Dose o uso de tecnologias no cotidiano. Verifique se seu desempenho acadêmico, no trabalho, na família ou pessoal está sendo prejudicado pelo uso abusivo das tecnologias. Quando alguém percebe prejuízos nessas áreas da própria vida ou da de outra pessoa, está na hora de buscar ajuda. A orientação e o tratamento são essenciais para a recuperação.

4 - Reflita sobre seus hábitos diários e faça diferente. Não deixe que a tecnologia tire seu tempo de atividades físicas, sono, alimentação e lazer. É preciso repensar o dia a dia para refazer as escolhas.

5 - Não troque atividades, compromissos ou encontros ao ar livre para ficar conectado às tecnologias. Comece reservando um tempo para cuidar da saúde e apreciar a natureza. Não troque o ar puro por uma rotina sem movimentos e sedentária.

6 - Prefira uma vida social real à virtual. Escolha relacionamentos e amizades reais em vez de virtuais. Use os contatos das redes somente para saber onde estão os acontecimentos e vá de fato. Não marque ‘presença on-line’ e acompanhe as festas e encontros pela tela do dispositivo.

7 - Pratique exercícios físicos regularmente. Crie intervalos regulares durante o uso das tecnologias fazendo alongamentos. Não é saudável passar horas seguidas na mesma posição. Pausas para massagear o pescoço e fazer exercícios para as mãos evitam tendinites e endurecimento na cervical. Aproveite os intervalos para relaxar, beber água e se alimentar.

8 - Não abale o seu humor com publicações virtuais. Não acredite em tudo o que é postado e cuidado com o que você publica na internet. As fake news são as melhores demonstrações do quanto a rede pode ser perigosa. Por exemplo, alguém que sofre de depressão pode acompanhar uma vida supostamente perfeita nas redes sociais, entender aquilo como realidade e potencializar os seus sentimentos ruins. As pessoas costumam postar somente os bons momentos e deixam de lado a parte comum, a rotina.

9 - Valorize suas relações pessoais, sociais e familiares. Não as troque no dia a dia para ficar utilizando as tecnologias. Não se isole. Vá aos encontros da família e dos amigos. Os momentos devem ser vividos aqui e agora, e não numa “janela” só observando a vida passar.

10 - Jogue o lixo eletrônico no local correto. Pense no meio ambiente, recicle os aparelhos fora de uso e evite a troca frequente sem necessidade. O consumo de tecnologia deve ser consciente para evitar substituir aparelhos que ainda funcionam por outros que logo serão obsoleto. Esse exagero traz consequências para o meio ambiente. Nós fabricamos muito lixo eletrônico e não nos responsabilizados por isso.


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