Esqueça carros, roupas ou relógios caros: o jeito mais óbvio de ostentar status na vida moderna parece mesmo ser o celular. Seis em cada dez homens acreditam que a primeira coisa que os outros reparam neles é o telefone que carregam.
No caso das mulheres, esse percentual cai para 38%, mas, ainda assim, elas acham que é no celular que os outros prestam atenção primeiro.
Os dados são da pesquisa Hábitos de Consumo e Estilo de Vida, feita pela Vuclip, empresa baseada no Vale do Silício norte-americano. A empresa ouviu mais de 121 mil pessoas em 15 países, inclusive o Brasil, para saber como eles usam seus aparelhos móveis. Quase todo mundo entrevistado já passou ao menos um constrangimento na hora de tirar o telefone do bolso ou da bolsa: 65% dos homens já tiveram vergonha de mostrar seu celular, contra 52% das mulheres. A principal razão é estar usando um aparelho muito velho ou não tão legal quanto o dos outros.
Embora mais homens que mulheres se preocupem com o que o celular diz a respeito de quem eles são, na média geral 56% das pessoas acreditam que é o telefone o que mais chama a atenção das pessoas ao redor, antes de carros, roupas e relógios. Entre os entrevistados com 18 anos ou menos, esse número pula para 82%.A Vuclip não detalha os dados da pesquisa por região, mas é lógico que um modelo de telefone top de linha pode trazer mais status em países em desenvolvimento do que naqueles completamente saturados.
O mesmo pode ser verdade para países onde os produtos da moda chegam mais tarde. A etiqueta muda conforme a idade.Entre os nativos digitais, que têm menos de 18 anos, a aprovação ao uso do celular é enorme: 80% acham normal que todos usem o aparelho ao mesmo tempo que conversam, só 8% consideram a atitude rude. Quando a idade passa dos 55, os valores se invertem: 30% acham mal-educada a pessoa que não desgruda do celular enquanto está em grupo, e só 46% consideram normal essa dobradinha.