Juvêncio apareceu na festa municipal, na praça da matriz. Já havia bebido umas e outras. Ao ouvir a orquestra tocar, dirigiu-se a uma refinada criatura de veste avermelhada e perguntou:
- Senhora, vamos dançar?
A pessoa, percebendo o elevado grau etílico em que se achava seu interlocutor, respondeu-lhe com clareza:
- Não, Sr. Juvêncio, não vamos dançar. E por três razões. A primeira, que esta é uma festa cívica e não um baile; a segunda é que, mesmo que estivéssemos num baile da Padroeira da cidade, o que estão tocando é o Hino Nacional e não forró. E a terceira é que, mesmo que isso fosse um baile e que estivessem tocando forró, eu não deixaria de ser o Cardeal-Arcebispo.