Revista O Empresário / Número 159 · Outubro de 2011
Insatisfação com a carreira, vontade de ser o próprio patrão, trabalhar com o que gosta, ficar rico. Com algumas variações, esses são os principais desejos que motivam marinheiros de primeira viagem a se aventurarem como donos de bar. Segundo o IBGE, cada brasileiro gasta 25% de sua renda com alimentação fora de casa.
No ano passado, porém, de cada cem empresas, (de todos os ramos) abertas em SP, 27 não completaram o primeiro aniversário, segundo o Sebrae.
Entre os bares, a taxa de insucesso é maior: de 100, 35 fecham , em média, ao fim de um ano.
SONHO E REALIDADE
Os especialistas e os donos de bar mais experientes são unânimes em um ponto: aliar informação e experiência é fundamental. “Quem se aventura sem conhecimento deixa de focar pontos essenciais para o sucesso de um estabelecimento”, diz Joaquim Saraiva, presidente da seccional paulista da Abrasel (Associação de Bares e Restaurantes).
“O imóvel tem que ser bem localizado. É preciso conferir a oferta, o estacionamento, se vale a pena abrir no almoço, se a proposta do bar é adequada ao público da região e se a ideia é compatível com a capacidade de investimento”, afirma Joaquim.
Outro erro é achar que o bar dará certo por causa dos “amigos que vão garantir a frequência e o boca a boca” “Se for assim, o ramo não é para você”, diz o consultor Marco Amantti, direto da Mapa Assessoria de Negócios, especializada em alimentação fora de casa.