Revista O Empresário / Número 151 · Fevereiro de 2011
O resultado preliminar do exame unificado nacional da Ordem dos Advogados do Brasil aponta para o maior índice de reprovação de candidatos já registrado pela entidade nesse formato: 88%. Dos 105.315 candidatos que participaram do exame em todo o país desde a primeira fase, só 12.614 passaram nos testes que permitem ao bacharel em direito exercer a profissão. Para passar no exame da Ordem, o candidato precisa ter no mínimo 50% de acerto. A média de aprovação gira em torno de 20%, segundo o Conselho Nacional da OAB.
Dos dados disponíveis no site da entidade, em 2009 a reprovação chegou a 80,55 e, em 2008 – quando o exame passou a ser unificado em todo o país –, a maior reprovação foi de cerca de 73%. “A gente vê isso com preocupação, porque mostra que o nosso ensino jurídico não está à altura do que gostaríamos que estivesse”, disse o presidente da OAB, Ophir Cavalcante.
Para o advogado, também contribuiu para a queda do rendimento a mudança de formulação das perguntas. Antes eram aplicadas pela Universidade de Brasília e, agora passaram a ser aplicados pela FGV. “É uma prova muito bem feita é uma prova mais crítica do que a aplicada antes. O candidato passou a ser mais exigido do ponto de vista do raciocínio. Antes, também tinha, mas de uma forma diferente”, completou.