Revista O Empresário / Número 135 · Novembro de 2009
Confúcio viajava com seus discípulos quando soube que numa aldeia, vivia um menino muito inteligente.
Confúcio foi até lá conversar com ele e, brincando, perguntou:
“Que tal se você me ajudasse a acabar com as desigualdades?”
“Por que acabar com as desigualdades?”, disse o menino. “Se achatarmos as montanhas, os pássaros não terão mais abrigo. Se acabarmos com a profundidade dos rios e dos mares, todos os peixes morrerão. Se o chefe da aldeia tiver a mesma autoridade que o louco, ninguém se entenderá direito. O mundo é muito vasto.
Os discípulos saíram dali, impressionados com a sabedoria do menino. Quando já se encaminhavam para outra cidade, um deles comentou que todas as crianças deveriam ser assim.
“Conheci muitas crianças que, em vez de estarem brincando e fazendo coisas da sua idade, procuravam entender o mundo”, disse Confúcio. E nenhuma dessas crianças precoces conseguiu fazer algo importante mais tarde, porque jamais experimentaram a inocência e a sadia irresponsabilidade da infância”.