Revista O Empresário / Número 122 · Agosto de 2008
Cerca de 10% de 160 milhões de carteiras de identidade que circulam no Brasil são falsas. São 16 milhões de documentos frios que seguem ativos, em parte, devido à negligência das famílias e dos cartórios em dar baixa em casos de morte, mas principalmente por golpistas, eleitores fantasmas e estelionatários em geral. Para pôr fim à farra da identidade falsa, o Instituto Nacional de Identificação (INI) da Polícia Federal, elaborou um modelo de documento que foi debatido num seminário em Brasília, em um encontro preparatório para a aposentadoria da velha carteira de identidade no Brasil. Projetado com alta tecnologia digital de segurança, o novo documento começa a ser distribuído em janeiro e se chamará Registro Único de Identidade Civil (RIC). Será sofisticado e praticamente imune a fraudes.
O governo vai regulamentar o RIC, criado por projeto de lei em 1997. A migração será obrigatória - mas o prazo será de até 9 anos. O projeto do RIC prevê fundos complexos e efeitos ópticos especiais, além de chip que armazenará os dados do cidadão. “Será altamente seguro”, disse o diretor, ressaltando que o RIC terá impacto na segurança bancária.