Revista O Empresário / Número 122 · Agosto de 2008
Nordestino entende…
Se é miúdo é pixototinho; se é pequeno é cotôco; se é alto é galalau e se é franzino é xôxo. Tudo o que é bom é massa; tudo o que é ruim é peba. Rir dos outros é mangar; o bobo se chama leso e o medroso frouxo.
Torto é troncho; se vai sair diz vou chegar. Dar a volta é arrodeio e se é longe é o fim do mundo. Dinheiro é bufunfa; se está sem dinheiro, está liso.
Pernilongo é muriçoca; chicote se chama peia.
Quem entra sem licença esburaca; sinal de espanto é vôte. Se está folgado é foló e quem tem sorte é cagado.
Quem dá furo é fulêro; sujeira do olho é remela ou argueiro.
Gente insistente é pegajosa; agonia é aperreio ou gastura. Para gases se diz bufa. Catinga de suor é inhaca; mancha de pancada é roncha. Palhaçada é munganga e desarrumado é malamanhado.
Pessoa triste é borocoxô; então é iapois. Pois sim é não concordo e pois não é estou às ordens. Correr atrás de alguém é dar carreira; passear é bater perna; fofoca é resenha; estouro se chama pipôco; confusão é rolo e travessura é presepada.
Gente complicada é nó cego; paquera é inxerir, distraído é aluado.