Revista O Empresário / Número 111 · Agosto de 2007
São dias de férias. Mas na prática, os executivos não param de checar e-mails, telefonar e se preocupar com o que acontece no ambiente de trabalho, mesmo quando estão longe do serviço. A maioria dos executivos que tira 30 dias de férias leva 10 dias pra se desligar completamente do trabalho, passam outros 10 dias pensando em seu retorno às atividades. No final dos 30 dias, apenas 10 são realmente aproveitados com férias.
Uma pesquisa do Isma-BR, realizada com executivos teve um resultado inesperado: 38% dos entrevistados apresentou algum grau de fobia de férias. Um número muito alto de pessoas disse que a perspectiva de tirar férias era uma fonte imensa de stress.
O principal motivo que leva um executivo a encurtar, ou até evitar tirar férias, é a perspectiva de que decisões importantes podem ser tomadas na empresa durante o período de ausência. Essa razão foi apontada por 46% dos executivos que apresentam sinais de fobia de férias.
Infelizmente, ter esse tipo de preocupação é sinal de que o executivo não preparou sua equipe para tomar conta dos negócios durante suas férias. Ou então, a pessoa tem um ego muito grande para pensar que qualquer decisão precisa passar pelas suas mãos.
Por ser a opção prevista na legislação, a maioria dos executivos brasileiros precisa tirar 30 dias de férias. Porém, um pouco menos da metadeprecisa por ‘vender’ dias.
Essa prática, no entanto, só deveria ser utilizada caso a pessoa precisasse do auxílio financeiro. A melhor escolha é tirar férias mais vezes, por períodos mais curtos.
Três períodos de dez dias seriam o ideal pra o bem estar do executivo.