Imagine que, por alguns instantes, você pudesse viajar no tempo e voltar a seus 22 anos de idade com a experiência de vida profissional e pessoal de hoje. O que faria diferente?
Importantes empresários comentaram o assunto no espaço Influencers, do site LinkedIn, e falaram sobre que conselhos dariam a si mesmos se pudessem voltar ao início de suas carreiras.
A BBC Capital selecionou o que dois deles disseram.
Juliet de Baubigny, sócia na Kleiner Perkins Caufied & Byers
"Aos 22 anos, eu tinha acabado de me formar na Grã-Bretanha e estava começando minha carreira em uma grande empresa. Tinha tudo o que qualquer pessoa desejava: estava no caminho para assumir a liderança na corporação, havia comprado um carro novo, ganhava dinheiro e meus pais estavam orgulhosos de mim", conta Baubigny, sócia de uma empresa de capital de risco no Vale do Silício, em seu post intitulado Don’t be Afraid to Bet on Yourself ("Não tenha medo de apostar em você").
"Mas a verdade é que eu odiava aquela vida", revela. "O emprego não era o que eu realmente queria e a empresa não era onde eu queria estar."
Sua decisão foi refletir sobre aquilo de que mais gostava. "Na faculdade e no restante sempre fui aquela pessoa que conectava as outras e suas ideias", escreve. "Percebi que isso era criar oportunidades e ligar as pessoas a essas oportunidades."
Baubigny trocou o emprego para trabalhar como headhunter. "Me deu muito medo mudar, mas a escolha definiu minha carreira e minha vida", diz.
"Aos 22 anos, você não tem muito a perder. Qual a pior coisa que pode acontecer?", pergunta.
"O conselho que eu daria para alguém dessa idade é lembrar que as coisas só se complicam conforme envelhecemos e assumimos mais responsabilidades. Se você quer um emprego mais arriscado ou quer começar seu próprio negócio, esse é o melhor momento para fazer isso."
Colin Shaw, CEO da Beyond Philosophy
"Aos 22 anos, eu odiava quando me diziam que eu precisava ter mais experiência para assumir certos cargos", escreve Shaw, de uma consultoria em consumo da Flórida, em seu post Being Qualified Doesn’t Entitle You to Success ("Ter qualificações não garante sucesso").
"Hoje, sei que essas pessoas tinham razão. Eu precisava ter experiência para poder tomar decisões acertadas", assume.
Shaw adotaria algumas novas posturas se pudesse voltar no tempo e recomeçar, entre elas:
"Ter qualificações é bom, mas não garante sucesso. Conheci muita gente que achava que sua formação era suficiente. Mas não. Muitas pessoas inteligentes fracassam porque preferem não trabalhar duro. Os empregadores querem gente que faça coisas e não que fale sobre fazer coisas", diz. "É fundamental saber aplicar a inteligência para implementar algo."
"Nenhum de nós é mais inteligente do que todos nós juntos. No início da minha carreira, eu pensava que tinha que saber tudo e tomar todas as decisões", conta. "Com o tempo, aprendi que minha função é inspirar pessoas, criar a cultura de trabalho e dar a elas o espaço para executarem seus trabalhos. É importante contratar gente mais inteligente porque elas tornam a equipe e a empresa melhores. Todos nós aprendemos uns com os outros."
"A linguagem corporal faz milagres. O que você diz com seu corpo é o que as pessoas ouvem primeiro. Perceber sua própria linguagem corporal em situações sociais pode fazer uma enorme diferença. Certifique-se de que você sabe o que seu corpo está dizendo", recomenda. notícias da mídia Notícias pesquisadas em jornais e sites.