Tenho falado muito através de nossa coluna, sobre a forma de administração empresarial e de como ela deve ser cada vez mais tratada com profissionalismo. Esse cuidado deve merecer a atenção dos empresários em escala mais elevada, principalmente agora, quando isso é mais exigido, em função da complexidade do mercado.
Já conversamos sobre processos e aspectos motivacionais, sobre o desenvolvimento eficaz do trabalho em equipe e do comportamento dos líderes como mola propulsora deste desenvolvimento real e desejado.
Falamos muito também em comunicação organizacional e seus efeitos benéficos, quando praticada de maneira sistemática e correta entre todos os membros que compõem o quadro funcional da empresa. Cabe salientar que neste “todos”, estão inseridos funcionários, gerentes e empresários, sem distinção.
Existe uma dinâmica que aplico em quase todas as empresas em que trabalho, na qual podemos visualizar e avaliar com toda a equipe, como andam os procedimentos em todos os setores da empresa, e em todos os níveis hierárquicos. Com sua aplicação podemos obter um retrato fiel de pontos a serem adequados, de outros a serem praticados, sobretudo, relativos a questões de ordem comportamental.
Estou me referindo ao exercício da dinâmica que trabalha com os sensos: Participação, Utilização, Limpeza e Organização( PULO).
Devido aos resultados obtidos até então, posso garantir que apresenta resultados satisfatórios, por se tratar de uma aplicação que envolve todo o grupo, fazendo com que a visualização de toda a estrutura funcional existente seja apresentada, analisada criteriosamente e, cosequentemente, tratada com o grupo, através de uma condução sistemática e profissional.
Em linhas gerais, nesta atividade são estudadas as formas de comprometimento dos profissionais da empresa, suas ações agregadoras e seus pontos falhos. Pode-se também apurar o desenvolvimento da organização no que diz respeito à maximização dos resultados individuais e setoriais, suas necessidades reais, seus gargalos e, de maneira simplista e objetiva, as carências de todos que compõem seu quadro para o perfeito desenvolvimento de suas funções.
Pode parecer um tanto quanto fantasioso todo este resultado propagado ser extraído de uma ação aparentemente tão simples, mas, em administração, muito se obtém é de atividades e procedimentos simples mesmo. Não há necessidade de se complicar e querer “inventar a roda”, como se diz. O que importa é o resultado, e ele vem é por meios diretos, sem rodeios e firulas.
Mas, como sempre digo, é preciso que haja a vontade de querer partir para uma ação desse tipo. Se não houver vontade administrativa e vontade profissional, torna-se mais uma perda de tempo para todo mundo, para o condutor do processo e membros da empresa, incrédulos e temerários. O que deveria se constituir em um investimento e uma alavanca para o desenvolvimento organizacional se transforma em “gasto” e fonte de desgaste.
Muitas vezes, a vontade de mudar, de virar o jogo, de partir para um contundente processo de organização na sua empresa, esbarra em pontos sinistros e melindrosos, que induz muitos empresários à irresponsabilidade ou até mesmo à uma “providencial”acomodação.
É comum, que muitos pontos particulares, ou referentes a um grupo de pessoas, sejam deixados de lado e até omitidos, por medo de conseqüências que coloquem alguém em situação de constrangimento ou que possam gerar problemas de ordem financeira ou familiar. E com isso,é claro que o diagnóstico não aparecerá com exatidão e, por conseqüência, a ação proposta não solucionará, na íntegra, as imperfeições existentes.
Neste caso, a bomba estoura um pouco mais adiante. E estoura feio. Luiz Antonio Farina Dias , Consultor Empresarial. Engenheiro, Economista. Pós Graduado em Gerência Empresarial pela FACESM. Pós Graduado em Qualidade e Produtividade pelo Departamento de Engenharia de Produção da UNIFEI. Mestre em Engenharia de Produção pela UNIFEI. Professor Universitário. Para falar com o autor, use o e-mail luizfarina@bol.com.br