O sonho de qualquer empresa, não importando se for pequena ou grande, é o de possuir uma equipe de trabalho com alto desempenho em todos os departamentos e setores. Aquele time espetacular que apresenta resultados esperados, baixíssimo índice de rotatividade e, por consequência, que mantenha sempre um clima organizacional tranquilo e solidário. Isso é possível? Sim, claro que é, mas, para que se possa chegar a este ponto, torna-se necessária a revisão de muitos paradigmas e atitudes, em âmbito geral.
Uma questão a ser tratada na empresa é a de como a interação entre todos os setores está sendo trabalhada. Como está sendo praticada a tarefa de dar e receber feedbacks referentes à execução dos trabalhos, dos pontos críticos, das disposições tomadas, desempenho e necessidades comuns. È evidente que muitos fatores correlatos são determinantes ao desempenho de uma empresa, como por exemplo, os de ordem especificamente técnicos, política econômica, e muitos outros. Mas, a alta performance de uma equipe de trabalho, a dos executivos e dos empresários, depende primordialmente da comunicação interna e de como os egos estão sendo administrados.
Em qualquer empresa que deseja o crescimento e sucesso, não pode haver barreiras e entraves na comunicação. Aquela situação instalada que diz respeito ao medo em dizer algo que possa não agradar ao gerente, o patrão e até mesmo colegas. O pior é que esse padrão de comportamento se enraíza de tal forma a ponto de pequenos problemas e distorções tomarem proporções elevadas e gerarem grandes prejuízos e atrasos naturais em todos os departamentos.
O feedback se constitui num dos mais eficazes meios de se exaltar os pontos positivos, a ponto deles se solidificarem e servirem de parâmetro, como reparar falhas antes de que possam gerar problemas maiores e mais dispendiosos para a empresa.
A questão é a abertura dada para que isso possa ou não acontecer. Trata-se da inteligência administrativa e gerencial existente para que um funcionário possa, de maneira profissional, é claro, se expressar e passar seus pontos de vista e suas sugestões referentes a algum processo dentro do seu setor de trabalho ou de algum outro departamento, mas, que tenha o objetivo de colaboração.
Da mesma forma, quando houver a necessidade por parte de chefias e gerências em se reparar posturas, técnicas e desenvolvimento de funcionários, que o mesmo seja praticado sem soberba e demonstrações explícitas de poder e autoridade. Nos dois casos o resultado será excelente e fará crescer o espírito de equipe na empresa, eliminando-se a insegurança e fazendo com que falhas sejam abolidas e a motivação seja incrementada.
Mas devemos salientar que para que este processo possa se tornar uma realidade e se constituir em política de uma empresa, seus líderes tem que estar abertos e atentos às questões de gerenciamento. Enfim, agirem como verdadeiros líderes e não dirigentes autocratas e antiquados.
Concluindo, e só com o intuito de enfatizar, um elogio sincero constitui-se numa das melhores e mais eficazes formas de se passar um feedback. Em contra partida, uma crítica, feita de forma arrogante e intimidadora, representa um retrocesso no processo de construção e uma prova de despreparo para a posição de líder.
Em tempo, estamos no século XXI.
Luiz Antonio Farina Dias , Consultor Empresarial. Engenheiro, Economista. Pós Graduado em Gerência Empresarial pela FACESM. Pós Graduado em Qualidade e Produtividade pelo Departamento de Engenharia de Produção da UNIFEI. Mestre em Engenharia de Produção pela UNIFEI. Professor Universitário. Para falar com o autor, use o e-mail luizfarina@bol.com.br