Hoje nós vamos pra cozinha. Vamos todos mostrar nossos dotes culinários e também como somos criativos e organizados nessa atividade que, pelo menos para mim, se trata de uma ótima e deliciosa higiene mental e que por sinal, minha mulher adora que eu pratique.
Eu gosto realmente de preparar um bom jantar ou almoço para minha família e, vez por outra, para amigos nossos. O mais agradável nessa história é quando percebo que todos gostaram. É muito gratificante. É isso que faz com que eu procure me aperfeiçoar e até partir para a elaboração de um molho diferente, uma forma de tempero mais elaborada, e outros detalhes que demandam um pouco de pesquisa, tentativas e, o mais importante, a degustação experimental para avaliação, por parte de alguém próximo.
Quase sempre conto com minha mulher para esta tarefa. Algumas vezes ela critica e faz sugestões, as quais, humildemente, aceito, primeiro porque eu sei que a crítica é construtiva e segundo, porque eu quero melhorar e agradar as pessoas a quem irei servir o referido prato. Nada como pedir a opinião de alguém que confiamos e que entenda do assunto para lhe dar segurança e aprendizado efetivo.
Uma coisa que aprendi com relação à cozinha, foi a de cuidar dos detalhes com antecedência, principalmente, quando se tem convidados. Refiro-me a checar se conto com todos os ingredientes necessários, como também, verificar as bebidas e petiscos a serem oferecidos.
Costumo deixar preparado, ou adiantado, de véspera tudo aquilo que é possível. Dessa forma, além de poder caprichar e ir me certificando quanto ao resultado, não corro o risco de ficar atarantado na hora de concluir o meu almoço ou jantar, e o pior, perante o convidado. Assim, poderei recebê-lo tranquilamente e com alegria, conversar com calma, degustar uma bebida e, após os arremates finais, servir a comida calmamente e saborear. É bom salientar que, em caso de algo não ter saído como previsto, sempre é bom poder refazer ou corrigir sem pânico e atropelo. Por isso a prudência da antecedência.
Parece óbvio demais toda essa história. Pra muita gente, isso não representa nenhuma novidade e é praticado da mesma forma, há anos. Ou até com mais eficácia e sem esforço algum. Trata-se de algo corriqueiro.
Eu concordo plenamente, e se o faço assim hoje, é porque aprendi com outras pessoas e também com situações vividas anteriormente. E mais, sei que vou aprender muito ainda nessa área.
Faço sempre uma analogia entre a arte de cozinhar com a arte de gerenciar uma empresa. E acho interessante como dá perfeitamente para associar todas as ações nas duas áreas, embora sendo completamente distintas.
Fico comparando como a escolha de um cardápio se assemelha com uma adequação ou implemento em uma empresa. Como devemos pensar e planejar sobre tempo, aquisições, custos, detalhes e demais pontos pertinentes a cada ação. Já repararam que até uma simples consultoria é cabível e muitas vezes, fundamental, em ambos os casos? A pesquisa, a orientação, os testes, enfim, nas duas, as etapas se assemelham muito.
Nos dois casos, temos o mesmo objetivo: atender bem o nosso cliente. Fazer com que fique satisfeito e que até comente com outras pessoas futuramente.
Da mesma forma que me sinto envaidecido com os elogios de meus convidados referente à minha comida, tenho certeza que os empresários se sentirão da mesma forma quanto ao atendimento ou aos produtos e serviços oferecidos aos seus clientes. Posso garantir que do mesmo modo que me sentirei estimulado a aprender mais pratos e quitutes, o empresário se sentirá a se esmerar mais na sua atividade empresarial.
Meus caros amigos, principalmente os que se dedicam a área empresarial, eu, mesmo não sendo nenhum “Chef”, procuro aprender sempre algo novo na arte de cozinhar, para agradar mais meus convidados.
E você? O que tem feito para melhorar?
Luiz Antonio Farina Dias , Consultor Empresarial. Engenheiro, Economista. Pós Graduado em Gerência Empresarial pela FACESM. Pós Graduado em Qualidade e Produtividade pelo Departamento de Engenharia de Produção da UNIFEI. Mestre em Engenharia de Produção pela UNIFEI. Professor Universitário. Para falar com o autor, use o e-mail luizfarina@bol.com.br