Como é bom a gente ver alguém se sobressair em seu trabalho e se despontar a custa de seu empenho e dedicação. Podemos vislumbrar uma carreira promissora e segura quando vemos um profissional atuando dessa maneira, de forma natural e entusiasta. È bonito, digno de elogios e de muito apoio.
Pois bem. Eu disse, de forma natural. A espontaneidade, nesse caso, é sinônimo de transparência e honestidade. Em muitos casos percebemos esses atributos em colaboradores esforçados, atenciosos, solícitos e que procuram exercer suas atividades com o verdadeiro espírito de trabalho em equipe. Deixam de forma clara a vontade de aprender no dia a dia de trabalho, bem como de ensinar e socorrer aos que o procuram.
Outra característica nesses profissionais de destaque é a da postura ética com os colegas e clientes. Não se envolvem em discussões desnecessárias, não tomam partido de intrigas e maledicências de colegas, patrões e clientes e procuram sempre se dar bem com todos, mesmo que não concordem com o comportamento e atitudes de alguns.
A grande virtude apresentada por eles, diz respeito aos limites impostos, de maneira elegante e profissional, nas conversas no ambiente de trabalho e até mesmo em situações informais fora do expediente. Isso seja com clientes internos e externos. Não entram em intimidades e muito menos permitem que sejam envolvidos em conversas de cunho particular, emitindo opiniões e conselhos gratuitos.
Os bons profissionais crescem e ganham reconhecimento por parte de seus superiores e patrões sem precisarem se transformar em inconvenientes bajuladores. O mais interessante é que os que assim procedem, acreditam estarem sendo agradáveis e que ninguém irá perceber esse comportamento falso e forçado. Ledo engano. Além de ridículo, fica bem explícita a falta de naturalidade e, além de irritar, incomoda e pega muito mal perante todos.
Para serem percebidos e, por conseqüência, melhorarem seu status em uma organização, não precisam usar nenhum companheiro de trabalho como degrau, adotando a utilização de artifícios clássicos como os de apontar possíveis falhas de colegas, muitas vezes até inexistentes, e também, partirem para uma constante e pegajosa auto propaganda de seu desempenho e de eventuais sucessos.
Nessa linha, ainda temos que salientar que os funcionários de real valor e de firmeza de caráter, quando de uma bem sucedida realização no trabalho, algo expressivo e que gerou resultados significativos para a empresa, ao serem notados e cumprimentados, jamais tomam só para si os júbilos e, de forma honesta, apontam os demais colegas que colaboraram para o referido feito.
Em toda empresa, mesmo que não haja setores específicos para avaliação de funcionários, digo isso, em relação às pequenas empresas, todos estão sendo observados. De uma maneira ou de outra, as virtudes dos bons funcionários vão aparecendo na mesma proporção dos defeitos daqueles que se julgam os maiorais. Quanto a isso, não há a menor duvida.
Portanto, é normal dizermos que na vida e, sobretudo, na carreira profissional, para se obter sucesso, mas, sucesso consistente e não conquistas mirabolantes e efêmeras, a regra fundamental é a ética. Ser ético, com autenticidade e honestidade, faz com que as vitórias sejam válidas e gerem, ao contrario de invejas e inimizades, espírito de união e apoio.
As promoções e ascensões, conseguidas de maneiras indevidas, são mentiras que não se sustentam por muito tempo. E o pior é que aqueles que mentem uma vez, ficam com a fama de mentiroso para sempre. Não é assim que se fala por ai?
Um abraço a todos.
Luiz Antonio Farina Dias , Consultor Empresarial. Engenheiro, Economista. Pós Graduado em Gerência Empresarial pela FACESM. Pós Graduado em Qualidade e Produtividade pelo Departamento de Engenharia de Produção da UNIFEI. Mestre em Engenharia de Produção pela UNIFEI. Professor Universitário. Para falar com o autor, use o e-mail luizfarina@bol.com.br