Vivemos em um mundo marcado pelos interesses individuais e mesquinhos, onde os valores que são a favor da vida, ficam em segundo plano. Nossa sociedade, de fato está marcada pelo egoísmo, mesquinhez. As pessoas se aproximam das outras apenas para tirar proveito, sugando sua criatividade, suas ideias e usando como se fossem suas. É normal que muitas pessoas não tenham a mesma criatividade que outras, as habilidades são diferentes, e essa é a dinâmica da vida em sociedade, porém, não podemos usurpara as ideias, usar a capacidade do outro, para benefício próprio.
Pena que, essas pessoas não estão distantes, as percebemos onde menos esperamos, e nos decepcionam, pelo fato de que, não esperávamos delas tal atitude. Diante disso, vamos se decepcionando, desacreditando, desanimando, perdendo de vista a capacidade de agregar, de apoiar, de ajudar, de compartilhar nossas ideias.
Em se tratando do meio educacional, onde deveríamos ter profissionais referência na capacidade de respeitar, entender, compreender e valorizar. Mas infelizmente, em sua maioria encontramos arrogância, prepotência e intolerância. Como construímos uma sociedade melhor, quando as pessoas não são comprometidas com o bem, não se colocam no lugar do outro. Não há sensibilidade, estamos mergulhados em um sistema, que os interesses individuas estão acima dos interesses coletivos. Caminhamos para o retrocesso social, estamos voltando para o estado de natureza, onde cada sujeito vive em função de si e de seus interesses.
Muitos sujeitos, para atingir seus objetivos, não medem suas atitudes, para chegarem onde querem, indo contra a moralidade social, e até mesmo, infringindo a própria ética, deixando de lado seus princípios em nome da ganância e da inveja do próximo.
Um fator que marca o isolamento social, está no fato que muitas pessoas sonham em ter sua “independência”, conseguir um bom emprego, ganhar bem, comprar um apartamento e viver só, indo contra a natureza de nossa existência social, que está nas relações sociais.
O fechamento do ser humano em torno de si mesmo, leva-nos a se preocupar com a estrutura da sociedade, visto que, está se perpetua da solidariedade, da troca de experiências e se complementa das habilidades que cada sujeito desenvolve, pondo-as a serviço uns dos outros. Não é possível pois, conceber a sociedade sem a diversidade de dons e carismas que a tornam coesa.
As grandes cidades, as disputas de território, por grupos criminosos e gangues, é um retrato da dimensão que estamos tomando no século vinte um. Nesses espaços, a vida humana, os valores perdem lugar para o egoísmo e a negação da civilidade. Mas grave ainda, é que essa situação já chegou, as cidades menores e até mesmo as comunidades do interior. Com efeito, as instituições não têm conseguido desempenhar seu papel, na educação e formação de indivíduos que busquem colocar seus dons, capacidades a serviço da coletividade. O modelo de educação, está voltado para o mercado, o consumismo e egoísmo. Onde, cada um está preocupado com seu próprio sucesso e necessidades.
Em fim, vivemos a desconstrução do sujeito real, a educação formal, não cumpre seu papel, da mesma forma a família não faz seu papel de primeira escola. Ficamos a mercer das influencias dos meios de comunicação que produzem vários conteúdos, que chegam a todo momento pelas redes sociais ao sujeito, induzindo este a um padrão de vida voltado para o consumismo e a não valorização do outro e do meio. Estamos fadado ao colapso da vida humana, por conta da irracionalidade pós-moderna.
Por: João Paulo Oliveira notícias da mídia Notícias pesquisadas em jornais e sites.
