No livro Antifrágil, do autor, ensaísta, estatístico, e analista de riscos líbano-americano, Nassim Nicholas Taleb, pode ser encontrada a seguinte reflexão:
"O vento apaga uma vela e energiza o fogo."
Aplicando a ilustração, o autor comenta:
"O mesmo acontece com a aleatoriedade, a incerteza, o caos: você quer usálos, e não fugir deles. Você quer ser o fogo e deseja o vento. Isso resume a atitude insubmissa deste autor diante da aleatoriedade e da incerteza."
E bem, isso também se encaixa perfeitamente quando focamos no tema de "quais pessoas precisamos ter por perto e quais pessoas é melhor manter longe", pois pessoas podem ser o vento dessa ilustração.
É claro que, inevitavelmente, é impossível colocar uma espécie de catraca celestial em nossa rotina que permite o acesso apenas para as boas pessoas. Aquelas que só acrescentam, e não subtraem.
Isso, sem dúvidas, foge de nosso controle.
A boa notícia disso tudo é que há uma alternativa: escolher se você vai ser a vela ou o fogo.
Seja como for a decisão tomada — de ser apagado ou energizado — algumas orientações e recomendações ainda são viáveis.
Ser orientado e receber uma recomendação ou outra sobre quem é bom manter por perto e longe, ajuda na hora de se relacionar com alguém.
Abaixo, confira 6 tipos de pessoas para você manter perto e 6 tipos de pessoas para você manter bem longe.
→ Pessoas motivadas
São comprometidas e ativas. Estabelecem metas, perseveram, são entusiasmadas e geralmente não se deixam paralisar pelo medo.
São o espelho no qual deveriam refletir-se os que se fustigam com cada erro que cometem, pois as pessoas motivadas lembram que um erro é uma experiência de crescimento e aprendizagem.
→ Pessoas inspiradoras
Assumiram as rédeas de suas vidas, mudaram o que não queriam ou mostraram uma grande capacidade de superação em circunstâncias específicas.
Tem uma atitude constante de perseverança e acreditam em si mesmas e em suas possibilidades. As pessoas inspiradoras nos mostram que não devemos parar de lutar, que nunca é tarde para criar propósitos e perseguir objetivos.
→ Pessoas positivas
Elas nos ajudam a perceber o lado bom das coisas, a correr riscos, a alcançar uma solução satisfatória dos problemas. Pessoas positivas nos fazem acreditar em nossas possibilidades, assumir a responsabilidade por nossas vidas e sorrir mais. E o sorriso tem um poder inegável.
→ Pessoas abertas
Estão razoavelmente livres de preconceitos e sempre dispostas a ouvir diferentes critérios e opiniões, mesmo que não correspondam a seus pontos de vista.
Empatizam mais com os outros e não têm tanto medo de mudar. Aceitam melhor as críticas (e isso é muito importante porque seu efeito é muito mais potente do que a adulação) e vivem de maneira mais despreocupada com o que os outros pensam delas.
Pessoas abertas nos darão mais flexibilidade, nos ensinarão a ter mais diálogo, a aceitar melhor as críticas e a manter maior equilíbrio emocional.
→ Pessoas apaixonadas
Vivem com entusiasmo, aproveitam cada momento e investem tempo naquilo que realmente as apaixona.
Sua alta motivação é um mecanismo poderoso. Pessoas apaixonadas nos ensinam uma grande lição: "Se você encontrar a sua verdadeira paixão, nunca haverá falta de motivação".
→ Pessoas agradecidas
Nós tendemos a nos concentrar mais naquilo em que não estamos satisfeitos, em vez de focar nas coisas boas que constantemente acontecem conosco.
Aumentar a gratidão ou estar com pessoas agradecidas aumentará nosso bem-estar emocional, nos situará em nosso presente e nos manterá afastados da queixa inútil.
Porém…
Há 6 tipos de pessoas que é melhor manter longe:
→ Pessoas que se queixam
Quem vive em uma espiral de reclamações constantes tem um problema para cada solução, e fazer da reclamação seu modo de vida geralmente envolve a criação de cativos: eles nos procuram para desabafar ou nos tornar o motivo de suas reclamações.
É melhor fazê-los ver que, com seu comportamento derrotista, não resolvem nem ganham nada. Se não mudarem, não devemos nos deixar contagiar por sua atitude nem dar valor a seus comentários negativos.
→ Pessoas invejosas
No momento em que alguém experimenta a inveja se percebe como inferior ou como perdedor, e isso não apenas gera frustração, mas também produz algo muito perigoso, a raiva.
De fato, até mesmo isso que chamamos de "inveja saudável" esconde o desejo por algo que não se possui e isso pode moldar situações incômodas, nas quais se perde a confiança em nossos relacionamentos.
A admiração sempre será melhor que a inveja. Quem te inveja, não te ama nem te respeita.
→ Pessoas que fazem fofoca
Estão sempre mais preocupados com o que os outros fazem do que com a responsabilidade por si mesmas. Têm um tipo de personalidade que é muito daninha no local de trabalho porque intoxica o ambiente, cria problemas onde não há e dificulta a produtividade.
Não caia nesse jogo. A fofoca morre quando atinge o ouvido inteligente que decide parar esse boato ou mexerico. Esse tipo de pessoa gosta de entrar nesses jogos porque adquire poder. Portanto, é melhor não dar valor às fofocas e menos ainda ao fofoqueiro.
→ Pessoas que se sentem culpadas
Usam a vitimização como uma estratégia manipuladora, um detalhe que deve ser levado em consideração porque pode ser uma faca de dois gumes.
Por se mostrarem deprimidas (há as que estão e não se nota) e arrastando o peso da culpa em suas costas, estão na realidade usando uma afiada manipulação emocional.
São pessoas que estão sempre pedindo perdão e costumam ser submissas para obter benefícios.
→ Pessoas agressivas
Carecem de empatia, são autoritárias, usam a comunicação violenta e priorizam de modo exclusivo suas necessidades e direitos.
Viver com esse tipo de personalidade pode erodir gravemente nossa autoestima, e não podemos ignorar que estamos enfrentando um tipo de abuso.
A melhor coisa nesses casos é manter distância. Viver com alguém agressivo, seja na família ou no trabalho, deixa sérias sequelas em todos os níveis.
→ Pessoas psicopatas
Há um dado interessante: as pessoas com comportamento psicopata têm maior probabilidade de se candidatar a cargos de gerência ou poder.
A explicação é que sua personalidade agressiva, sua falta de empatia ou a capacidade de manipular usando seu charme para obter objetivos são características exigidas em certas categorias de trabalho.
Esse tipo de perfil tende a contornar a legalidade ou o permitido para obter benefícios. Diante do psicopata, é melhor estabelecer limites, deixar claras as consequências de suas ações e, acima de tudo, nunca ceder.
Por: Rodrigo Faustino
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