Grandes filósofos há muito exploram a relação entre bens materiais e o bem-estar humano. Alguns dizem que o excesso de consumismo pode minar nosso senso de identidade e outros veem como uma expressão de nossa individualidade e liberdade.
Uma das críticas mais famosas ao consumismo vem do filósofo alemão Friedrich Nietzsche. Ele explica que a busca por bens materiais e o desejo por status podem levar a uma “vontade de poder” que nos aliena de nosso verdadeiro eu e do mundo ao nosso redor. Na opinião dele, o nosso objetivo final de vida deveria ser alcançar um estado de autodomínio e criatividade, em vez de simplesmente adquirir tudo que pudermos.
Outros filósofos adotaram uma visão mais matizada do consumismo. O pensador francês Jean Baudrillard, por exemplo, argumentou que nossa sociedade contemporânea é movida por uma cultura de “hiper-realidade” na qual os bens materiais servem como extensão de nossa identidade e status social. Ele dizia que nossos padrões de consumo são profundamente influenciados pela mídia, publicidade e outras forças culturais, e não por nossos desejos e necessidades individuais.
Além dessas ideias existem vários estudos sobre os fatores que impulsionam as compras diárias das pessoas. Por exemplo, os economistas comportamentais descobriram que as pessoas são mais propensas a comprar coisas quando as percebem como escassas ou limitadas e quando sentem uma sensação de urgência ou pressão para tomar uma decisão.
Enquanto isso, os marketeiros de plantão costumam usar as publicidades e promoções para atrair as emoções e os valores dos consumidores, a fim de incentivá-los a comprar.
Mas o que as pessoas mais compram no dia a dia? Isso depende da pessoa, da sua localização e das suas necessidades. No entanto, existem alguns itens comuns para analisarmos:
Alimentos e bebidas
• Cuidados pessoais
• Locomoção
Saúde
• Itens domésticos essenciais
• Roupas e acessórios
embrando que o que as pessoas mais compram no dia a dia pode variar dependendo de suas circunstâncias pessoais e estilo de vida e apesar das diversas visões sobre a ética e a psicologia do consumismo, existem alguns padrões comuns sobre o que as pessoas compram no dia a dia.
Por exemplo, nos países desenvolvidos, as pessoas tendem a gastar uma parcela significativa de sua renda em alimentos e bebidas, incluindo mantimentos, refeições fora de casa e café. Produtos de higiene pessoal também são uma categoria importante de compras diárias. Além disso, muitas pessoas gastam dinheiro com deslocamento.
Nos últimos anos, houve uma crescente preocupação com o impacto do consumo em relação ao meio ambiente e na justiça social. Algumas pessoas abraçam o minimalismo, reduzindo o consumo de bens materiais e focando em experiências e relacionamentos. Outras buscam alternativas mais sustentáveis e éticas para o consumo de produtos, como comprar de produtores locais e orgânicos.
Em conclusão, o que as pessoas compram diariamente reflete uma complexa interação de desejos individuais, normas culturais e sistemas econômicos. Filósofos e economistas contribuíram muito para a nossa compreensão do – por que – e – como – consumimos. Ainda há muito a ser estudado sobre os fatores psicológicos e sociais que moldam nossas compras diárias.
“Em um mundo de consumo o homem é consumido pelo consumismo que o consome.” – João Antonio N. Palmeira
Por: Heitor Castro
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