Vocês já notaram o quanto as pessoas estão ansiosas? Eu não estou falando daquele estado aceitável de ansiedade que te move a ir em busca do que você quer, de se preparar para algo ou aquele friozinho na barriga por uma conquista que está prestes a acontecer. Eu estou falando dos transtornos de ansiedade que limitam a nossa vida, nos impedindo de viver o momento presente por um medo imaginário de algo que ainda nem aconteceu. Isso está cada vez mais exacerbado.
A velocidade com que as informações chegam, as novidades, a duração efêmera das coisas, tudo contribui para que nós nos coloquemos num sentimento de estar sempre atrasados, sempre correndo e, muitas vezes, nem sabemos atrás de quê. As pessoas estão adoecendo porque não estão vivendo o agora.
Sabe aquele estado contemplativo, quando você presta atenção em tudo ao redor, desde a cor do céu, os sons, a fala da pessoa que está diante de você? Pergunte a si mesmo se você tem se permitido ter esses momentos. Mesmo diante de uma situação problema, pergunte-se: “Qual virtude eu estou sendo requisitado a desenvolver com o que está acontecendo na minha vida, agora? O que isso está me proporcionando aprender” ?
Ter esse olhar diante das dificuldades nos leva a outro patamar de consciência, evitando sentimentos de revolta, indignação, culpa, nos poupando de ser reativos, do tipo “bateu – levou”. Quando estamos presentes no momento, prestamos atenção aos pequenos milagres da vida e nos conectamos realmente com as pessoas. E segundo um estudo feito por muitos anos em Harvard, o segredo da felicidade está nos bons relacionamentos que temos.
E hoje, o meu sentimento é de profunda gratidão, em primeiro lugar aos meus pais. Eles me ensinaram sobre valores e princípios. Meu pai me ensinou sobre disciplina, a gostar de ler e de me comunicar. Minha mãe me ensinou a ir em busca do que eu quero, a ter determinação. Tive uma excelente educação, graças ao esforço deles, que fizeram o melhor que puderam. Claro que eles me ensinaram muito mais.
O estado de “presença” me permitiu ter contato com vários leitores da Folha do Norte Paranaense, que me disseram: “Hoje, parece que você escreveu para mim. Eu precisava tanto ler aquilo. Eu coleciono os seus artigos. Eles me fazem parar para refletir”. E é por essas pessoas também, que eu sinto uma profunda gratidão!
É por vocês que, mesmo cansada e às vezes sem inspiração, eu escrevo. É como se estivéssemos sentados num banco de praça, conversando sobre a vida. Tudo é uma troca e eu agradeço a todos por isso!
E não poderia deixar de agradecer à Márcia Moskado, por me permitir levar essas reflexões até vocês.
Estejam “presentes” para perceber os milagres diários.
Por: Cristie Ochiai
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