Em um mundo onde a competitividade é cada vez mais acirrada, é comum vermos profissionais, executivos e empreendedores se esforçando ao máximo para se tornarem hiper-realizadores. Acreditam que, ao trabalharem sem descanso e serem extremamente produtivos, alcançarão o sucesso de forma mais rápida e eficiente.
No entanto, é preciso ter cautela ao adotar essa mentalidade. Alcançar a realização não significa apenas trabalhar duro, mas sim trabalhar de forma inteligente e estratégica.
A cultura do desempenho a qualquer custo tem um preço alto. A pressão constante para atingir metas e superar expectativas pode levar a um quadro de estresse e ansiedade. Não é saudável e nem sustentável manter um ritmo acelerado de trabalho sem pausa, e isso pode levar à exaustão e burnout.
Além disso, a busca incessante por ser hiper-realizador pode ser prejudicial ao ambiente de trabalho. Pode gerar uma competição desnecessária entre os colaboradores, onde a prioridade passa a ser superar o outro a qualquer custo, em vez de trabalhar em equipe para alcançar objetivos em comum.
Essa cultura da comparação e da competição exacerbada pode levar a um sentimento de inadequação e insuficiência, que afeta a autoestima e o bem-estar emocional.
Por isso, é importante todos se conscientizem de que não é preciso ser f*da o tempo todo. É possível alcançar o sucesso e ser produtivo sem precisar sacrificar a saúde física e mental e sem gerar um ambiente de trabalho tóxico.
A sociedade contemporânea é caracterizada pela busca incessante por resultados e pelo culto à produtividade. Vivemos em um mundo que valoriza a performance acima de tudo, onde as pessoas são avaliadas por sua capacidade de produzir e entregar resultados.
Essa realidade é agravada pelo ambiente tecnológico em que vivemos, que exige velocidade e eficiência em todas as áreas da vida.
Na intenção de produzir mais, às vezes esquecemos que, quando se trabalha sem pausas, a qualidade do trabalho pode ser prejudicada, já que não há tempo suficiente para pensar e refletir sobre as tarefas.
É importante lembrar que a produtividade e a realização dos objetivos e tarefas não deve ser o único valor em uma sociedade saudável. A valorização do tempo livre, do convívio social, da arte e da cultura são essenciais para o desenvolvimento humano e para o equilíbrio emocional.
O equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, a gestão do tempo e a valorização da colaboração são fundamentais para se alcançar o sucesso de forma saudável e sustentável. O sucesso é uma conquista que deve ser alcançada com equilíbrio e respeito às suas limitações.
Outra utopia muito comum é a busca incessante pelo sucesso absoluto. Isso fica ainda mais grave quando entendemos que, para isso acontecer, precisamos ser muito f*da para chegar lá.
Acreditamos que, para sermos bem-sucedidos e realizados, precisamos estar sempre felizes e satisfeitos , no entanto, essa distorção do conceito de felicidade tem levado à patologização das emoções, onde qualquer sentimento que não seja de alegria é visto como um problema.
Mas será que esse é o caminho correto para a felicidade e o sucesso? Será que não envolve também a capacidade de lidar com as frustrações e dificuldades, e não apenas a busca incessante por uma vida perfeita?
É importante lembrar que a vida é composta por altos e baixos, e que as dificuldades fazem parte do processo de crescimento e amadurecimento. A forma como lidamos com essas situações é que vai determinar a nossa capacidade de superá-las e seguir em frente.
Não podemos patologizar as emoções e acreditar que a felicidade é um estado constante de plenitude e que ter sucesso é garantia de ser feliz. Precisamos aprender a enxergar nossos processos de forma mais realista e entender que, muitas vezes, é na superação das dificuldades que encontramos a verdadeira felicidade e realização.
Portanto, é fundamental repensar a cultura do desempenho, da performance, da felicidade a todo tempo e do sucesso a qualquer preço. É necessário criar um ambiente mais saudável e equilibrado, que valorize o ser humano em sua integralidade e não apenas como uma máquina de performance.
Por: Marcelo de Elias
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