Você sente que os grandes fracassos do seu passado ainda continuam definindo quem você é? Então, este artigo é para você!
Por algum motivo, muitos de nós nos tornamos nossos próprios juízes, nossos críticos mais ferozes. Nós nos julgamos e nos condenamos por cada erro pequeno, cada passo mal dado e cada meta não cumprida. Nos obrigamos a carregar o peso desse “fracasso” durante anos. Se você fosse consciente do dano que esta atitude gera na sua autoestima, largaria este costume. Você é mais do que os seus erros, então pare de se identificar com eles.
Temos o mau hábito de nos rotular, definir, de nos atribuir adjetivos através dos quais construímos um conceito de nós mesmos. Quando você para para pensar, descobre que ao longo do dia falou de si mesmo em vários momentos, mas nem sempre de um jeito positivo. Quando digo “falar”, também me refiro ao diálogo interno.
Os rótulos nunca são adequados, já que nos limitam; porém, isso é ainda mais evidente quando nos acostumamos a nos definir a partir das nossas qualidades e experiências negativas. “Sempre fui mau aluno”, “não tenho sorte no amor”, “desde pequeno sou tímido e envergonhado”. Como é possível se sentir bem consigo mesmo quando nos definimos assim?
Criamos expectativas para nós mesmos em diversas áreas das nossas vidas e somos suscetíveis a nos identificarmos com os louros obtidos em cada uma delas. Dessa forma, quando estas metas autoimpostas não se cumprem, nossa identidade é gravemente ferida. Nos sentimos incapazes e insuficientes e esquecemos que a nossa essência, o nosso valor intrínseco, nada tem a ver com o nosso desempenho em situações específicas.
Você é mais do que os colegas que não te acolheram no colégio. É mais do que a relação amorosa que não deu certo. É mais do que aquele emprego para o qual você não foi selecionado ou aquele outro do qual você foi demitido. Você é mais que as amizades perdidas ao longo do caminho e é mais do que os medos que ainda não consegue superar.
Você não é o que os outros pensam de você, nem é as discussões nas quais perdeu o controle. Não é aquelas vezes em que tentou e falhou, muito menos as outras nas quais preferiu não arriscar. Você é mais do que aquela suspensão, mais do que a deselegância que cometeu ou o dano permitiu que fizessem a você. O seu passado não o define; foi um aprendizado e não uma sentença perpétua. Você é mais do que os seus erros.
Evite se identificar com o que é de fora
Quando formamos a nossa identidade e medimos o nosso valor com base em nossos sucessos externos, renunciamos ao poder que temos sobre nós mesmos. Talvez, para você, a família seja algo primordial e você se veja como uma mãe ou uma esposa. Porém, o que aconteceria se um dia seu casamento terminasse? Talvez para outra pessoa, o campo profissional seja o mais relevante e, assim, ela se define em função do emprego. Porém, o que acontecerá se um dia essa pessoa for demitida?
É muito perigoso assentar nossas bases em algo alheio a nós mesmos, em algo que foge ao nosso controle. Isso porque, se você baseia sua identidade unicamente na sua profissão ou na sua família, em algum momento você pode passar a ser “a pessoa divorciada e desempregada”. Neste caso, o sentimento de fracasso será imenso. Então, será verdadeiramente difícil seguir em frente.
Cada erro é um degrau para o sucesso
O mais saudável é lembrar-se de que o seu valor é intrínseco, incondicional e não depende de nada. Quando o êxito chegar, você irá compreender que é mais do que seus erros e começará a enxergá-los como aprendizados. Quando você se ama, se aceita e se valoriza sem condições, todo tropeço é recuperável pois eles não afetam a percepção que você tem de si mesmo.
Você continua sendo você, esse valioso você, ainda que erre, se assuste ou caia. Os erros, então, deixam de ter essa importância extrema e se tornam lições que te ajudam a melhorar. Cada “fracasso” passa a ser um degrau para o sucesso, pois te torna mais sábio e experiente do que era antes.
As pessoas resilientes, por definição, alcançam mais sucesso e felicidade porque são capazes de saírem transformadas da adversidade. Só podemos alcançar isso quando compreendemos que a mudança faz parte do caminho, que não há nada mais humano do que errar. Que seus erros ou acertos não o definam! Lembre-se de que você é incondicionalmente valioso.
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