Como vocês tem navegado no dia a dia? Está todo mundo na mesma embarcação ou mais e mais pessoas tem lançado as boias ao mar e saltado?
Certa vez, enquanto eu cursava um MBA de Gestão de Pessoas e Liderança, propuseram o exercício de pedir feedback para pelo menos cinco pessoas diferentes da empresa, sempre fazendo as mesmas perguntas, exercitando a escuta ativa e anotando tudo que vinha.
As perguntas eram bem simples e diretas como: O que eu preciso melhorar? Quais são meus pontos fortes? Você tem alguma dica que possa contribuir com meu desenvolvimento?
Minha líder me deu um feedback: Você consegue navegar bem o barco, em qualquer tipo de mar, sem fazer tormenta.
E eu nunca mais esqueci esse feedback, porque adoro metáforas, analogias e me fez refletir muito. Outra frase que ela sempre falava era: Mares calmos não fazem bons marinheiros.
E isso conecta muito com o momento em que vivemos, onde estamos navegando por mares turbulentos, com pouca visibilidade, ventos fortes, marinheiros estressados e desgastados por altas cargas de pressão e comandantes muitas vezes desnorteados.
Considerando que passamos cerca de 60% do nosso tempo no trabalho, e que o trabalho pode ser repleto de fatores de estresse – carga de trabalho, prazos, preocupações relacionadas à segurança no emprego, se torna cada vez mais importante investir para que o ambiente possa ser um porto seguro para atracar.
Uma liderança preparada, um ambiente com segurança psicológica e colaboradores com comportamentos mais resilientes podem ajudar a resolver problemas antes que se tornem caros para a organização.
Você ainda acredita que é possível olhar para resultados, performance e produtividade sem colocar pessoas no centro, fazer gestão do estresse e desenvolver soft skills?
A pandemia aumentou as demandas, no trabalho e em casa e diminuiu os portos seguros e as possibilidades de lazer e alívio do estresse do dia a dia. Gostaríamos de acreditar que o esgotamento vai diminuir, mas essa não é a realidade. As taxas de burnout, ansiedade, depressão e outros impactos na saúde mental vem aumentando a cada dia.
O que você pode fazer?
Olhar como oportunidade, se você também acredita que não se fazem bons marinheiros em mares calmos e que todos temos muito para aprender e evoluir.
E depois?
Voltar a analogia da navegação e fazer algo com isso. Quem é você nesta embarcação? Qual o seu papel? Como você pode contribuir para que todos da sua organização e da sua vida possam sair melhores do que entraram neste processo?
Antes que as pessoas comecem a lançar as boias e pular para tentar se salvar, que tal fazer gestão do estresse, com resiliência e bem estar?
Por: Renata Klingelfus
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