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Vida saudável



Publicado em: 11/10/2018

Parar o tempo é impossível, mas envelhecer nem sempre significa sofrer as consequências comuns da idade avançada. A medicina divide o desgaste natural do corpo em senilidade, em que não há prevenção às doenças comuns, e senescência, que é o envelhecimento saudável. São os hábitos de uma vida inteira que direcionam cada um de nós a um ou outro.

— Saúde não é ausência de doença. Doenças crônicas são esperadas na terceira idade, porém é a forma como se lida com elas que define se o idoso vive uma senescência ou senilidade. A preferência, certamente, é que ele viva uma senescência, em que se convive com essas complicações de modo saudável — explica o geriatra Carlos Uehara, presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia.

Para envelhecer na senescência, Uehara recomenda que o acompanhamento médico com maior frequência comece a partir dos 40 anos — desde que não se tenham riscos relacionados ao tabagismo, obesidade e sedentarismo. De acordo com o especialista, é nessa idade que as capacidades funcionais dos órgãos internos diminuem.

Segundo o Estudo Longitudinal de Saúde dos Idosos Brasileiros, sete em cada dez idosos sofrem de ao menos uma doença crônica. A mais comum é a hipertensão, seguida por dores na coluna, artrite, depressão e diabetes. É visando a qualidade de vida que o médico reitera a importância do controle:

— Se antes a maior parte das doenças que acometiam a população brasileira eram as agudas e infecciosas, como pneumonia e catapora, hoje prevalecem mais as crônicas não transmissíveis. Como elas não são curáveis, nosso enfoque é no controle que dê ao paciente a possibilidade de ter uma vida normal.

Os meios para evitar esses problemas crônicos acabam sendo os mesmos: ter uma dieta balanceada e praticar exercícios. Estes, inclusive, podem ser mais simples do que se imagina segundo Uehara:

— Exercício físico não é necessariamente ir para a academia e fazer musculação. Quando falamos de atividades físicas, nos referimos a movimentar o corpo. Ou seja, preferir escadas ao invés de elevador ou escadas rolantes, soltar um ponto antes no ônibus para estender a caminhada, por exemplo.



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