A partir de 1º de julho, os bancos oferecerão aos clientes uma linha de crédito alternativa ao cheque especial para os clientes que usarem mais de 15% da modalidade de financiamento durante 30 dias consecutivos. O valor mínimo para parcelamento será de R$ 200. A taxa média anual do cheque especial chegou a 324,1% ao ano em fevereiro, conforme dados do Banco Central (BC).
Os dados da autoridade monetária mostram que os brasileiros deviam aos bancos, até o segundo mês do ano, R$ 25 bilhões nessa linha de crédito. O presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Murilo Portugal, detalhou que a medida foi decidida por meio de deliberação do conselho de autorregulação da entidade.
Portugal ressaltou que as instituições oferecerão proativamente a alternativa de parcelamento mais barata. A oferta será feita nos canais de relacionamento e o cliente decide se adere ou não à proposta. Caso não aceite, nova oferta será feita a cada 30 dias. “Os bancos, pelos seus canais de relacionamento, também irão alertar o consumidor quando ele entrar no cheque especial, destacando que esse crédito deve ser utilizado em situações emergenciais e temporárias”, disse.
O presidente da Febraban detalhou que os bancos terão liberdade para definir a taxa de juros para a linha de crédito alternativa ao cheque especial. Portugal ainda ressaltou que os brasileiros ficam, média, 16 dias por mês no cheque especial, com uma dívida de R$ 900. Dos 150 milhões de clientes do sistema financeiro, pelo menos 24 milhões usam essa modalidade de crédito. mídia notícias da mídia