Por muito tempo, a poupança foi uma forma de aplicação que não permitia ganhos reais, ou seja, não superava a inflação.
Mas, desde que o Banco Central iniciou a política de corte de juros, a caderneta passou a ser uma aplicação atrativa. Os poupadores, no entanto, precisam ficar atentos. A partir da próxima quinta-feira (7/9), as regras de rentabilidade do investimento devem mudar, com a esperada queda da taxa básica de juros (Selic), pelo Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central. Com a alteração, o rendimento será de 70% da Selic mais a taxa referencial (TR), e isso resultará numa diminuição dos ganhos.
Essa mudança na fórmula de cálculo da caderneta — decidida em 2012, durante o governo Dilma Rousseff — ocorre toda vez que a taxa básica fica igual ou menor que 8,5% ao ano. O objetivo da alteração é estimular o investimento em fundos, principais financiadores da dívida pública. Por enquanto, a taxa está em 9,25% ao ano, mas a expectativa do mercado é de que caia um ponto percentual, para 8,25% anuais.
Pela regra vigente, a poupança rende 0,5% ao mês — 6,17% ao ano —mais a taxa de referência (TR). Caso se confirme a queda da Selic para 8,25%, o rendimento da caderneta vai cair para 5,77% ao ano mais a TR. E a expectativa é de que piore até o fim do ano, já que novas quedas da taxa básica são esperadas.
O mercado aposta que a Selic termine 2017 em 7,25% ao ano, o que reduziria o ganho anual da poupança a 5,07% mais a TR. mídia notícias da mídia