Quando uma criança nasce é essencial tomar uma série de precauções para que sejam identificadas qualquer possível deficiência na saúde. Os tradicionais testes do pezinho e da orelhinha já são realizados corriqueiramente nos hospitais.
Entretanto, a partir desta segunda-feira (3/10), a realização do teste da linguinha se torna obrigatória nas unidades médicas do Brasil.
Sancionada em 2014, a Lei n° 13.002/2014, exige que maternidades e hospitais de todo Brasil realizem a avaliação do frêmulo da língua dos bebês. O teste consegue identificar e indicar o tratamento precoce das limitações dos movimentos do órgão.
Entre as anomalias, a língua presa é uma das alterações mais comuns, porém muitas vezes ignorada. O quadro ocorre quando uma pequena porção de tecido, que deveria ter desaparecido durante o desenvolvimento do bebê na gestação, permanece na parte inferior da língua, limitando os movimentos que são: sugar, engolir, mastigar e falar.
Estes fatores podem causar dificuldades na amamentação, causando dores a mãe e consequentemente levando ao desmame precoce. Posteriormente, a mastigação, a fala e os diversos movimentos realizados pela língua podem sofrer complicações.
Uma pesquisa realizada pela Universidade de São Paulo, em 2013, mostra que a cada 10 mil crianças, cerca de 2 mil apresentavam alteração no frêmulo lingual. Este total supera as patologias encontradas pelo teste do pezinho e da orelhinha.
De acordo com o otorrinolaringologista, José Stenio Ponte, um fonoaudiólogo realizará avaliação nos recém-nascidos e classificará o grau de complicação. Após o procedimento, os bebês serão encaminhados a um profissional para receber atendimento quando for necessário.
"Quanto mais cedo for feito o tratamento, menores as chances do bebê ficar com sequelas", explica. O profissional relata que o tratamento é feito com procedimentos simples, como seções de musculatura na língua. notícias da mídia Autores variados