Muito já falou-se ou foi escrito sobre conselhos para falar bem em público. Alguns soam clichês, outros parecem forçados. Mas o quanto, de fato, eles são eficazes? Em artigo publicado na Fast Company, Anett Grant, presidente do Executive Speaking - que fornece coach para executivos se expressarem melhor - defende que as pessoas precisam abandonar alguns conselhos ruins sobre o assunto. Todos eles não são boas ideias para diminuir a sua ansiedade. Abaixo, confira quais conselhos Anett refere-se e o motivo:
Má ideia 1: Imagine o público todo pelado - isso irá diminuir a sua ansiedade
Este é um clássico conselho que provavelmente você vai ouvir em algum momento. Mas não é bem assim. Você não vai sentir-se menos ansioso só porque imagina aquelas pessoas na sua frente sem roupas. Você vai se sentir estranho, distraído e isso não vai ajudar na sua apresentação. Esse conselho parte de uma falsa premissa, segundo Anett, de que o nervosismo da fala simplesmente se resume a uma "desequilíbrio de energia".
"Aquela ideia de que é você contra eles e, se você puder fazer deles menos intimidante, vai se sentir mais confiante". Mas as coisas não funcionam nesta fórmula, ele defende. Você pode superar sua ansiedade ao começar a falar de fato, mas vai precisar de esforço, de concentração e não apenas ficar divagando ou usando a imaginação.
Má ideia 2: Levantar o tom de voz para impor sua presença
Se alguém já lhe disse que é preciso se impor para garantir sua liderança, você deve pensar que isso significa "dominar" algum espaço - e que isto levaria a levantar o tom de voz e falar de modo mais alto. Definitivamente, isto não é correto, defende Anett. Seu desempenho como bom orador pouco tem a ver com o tom de voz, mas sim com manter-se focado, ter ritmo e mostrar-se relevante para o público.
Má ideia 3: Começar a conversa/apresentação com algo que "quebre o gelo"
É verdade que um dos maiores desafios de uma boa apresentação é saber como começá-la. Como garantir que o público está presentando atenção do modo correto? Você deve ter ouvido que deveria começar com algo que quebrasse o gelo, talvez uma piada.
Mas o problema é que esse tipo de abordagem trata o público de modo frio - nem sempre eles estão prontos para rir. Mesmo os bons comediantes precisam preparar o terreno para começar com uma piada, com algo que leve as pessoas a rirem. Ao invés disso, defende Anett, conquiste seu público mostrando o que é de mais relevante que você tem a dizer. Começa a falar de imediato sobre aquele ponto e eles prestarão atenção rápido.
Má ideia 4: Caminhar pelo palco é algo poderoso
Quando Steve Jobs estava no auge de sua popularidade, as pessoas começaram a imitar seu estilo de apresentação, particularmente, o seu hábito de caminhar no palco. Mas Jobs tinha um forte e vibrante personalidade e caminhar era reflexo disso. Anett, contudo, acha atenção para o fato de que a caminhada distrai o público da mensagem correto.
O movimento pode sim ser uma ferramenta importante, mas não é uma maneira boa de fazer o orador sentir-se relaxado. Ela indica o uso da caminhada de modo estratégico e com parcimônia - em momentos que, de fato, é preciso engajar mais a audiência.
Má ideia 5: Respirar profundamente antes de começar
Soa algo sensato, não? Este é um dos conselhos mais comuns para diminuir a ansiedade, sentir-se mais calmo e preparado antes de inicar a fala. Mas Anett defende que isso na verdade o faz ficar mais nervoso.
"O que acontece quando você respira profundamente? Você segura sua respeiração. E o que acontece quando você segura sua respiração? Você fica tenso, sua voz contrai-se"
Má ideia 6: comprar uma roupa nova para a apresentação
Comprar uma roupa chique e nova pode não trazer a confiança que você precisa para ter sucesso na apresentação. Você precisa sentir-se confortável naquele momento. Então, usar um sapato que você nunca usou antes não parece algo positivo, correto?
Ao invés disso, escolha algo que de fato você goste de usar, sinta-se bem. Roupas erradas só levarão você a ficar distraído e perder o foco. notícias da mídia Notícias veiculadas na mídia impressa