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Publicado em: 15/05/2024

Na maioria das conversas que tenho – e olha que tem muita gente que me procura para falar sobre finanças pessoais – uma queixa recorrente é justamente porque é tão difícil arrumar a vida financeira. O que eu quero aqui, neste texto, é listar os principais motivos, tudo aquilo que contribui para a bagunça, e muitas vezes, o caos financeiro que boa parte dos brasileiros vive hoje.

A culpa é da crise
Uma das técnicas que utilizamos é devolver a pergunta ao nosso interlocutor, com uma provocação. A ideia é provocar a reflexão, que é um dos caminhos muito eficazes para o autoconhecimento e que também nos ajuda a perceber como ele, o outro, se percebe com relação ao dinheiro.
É bastante comum que as pessoas coloquem a culpa na crise que o país atravessa. É verdade que a situação de algumas pessoas se deteriorou por causa da crise, do desemprego, da inflação. Mas boa parte das pessoas nunca teve organização em suas finanças. Mesmo em momentos em que estavam empregadas e ganhando bem.Então, a reflexão aqui para você, caro leitor, é justamente essa. A crise é a única culpada? Em outros momentos da sua vida, você teve tranquilidade ou organização financeira?
Nossa experiência mostra que a crise é apenas um elemento a mais no caos financeiro que
muitas pessoas atravessam.

Pra onde vai seu dinheiro
O próximo e muito importante passo para compreender como você chegou até este momento financeiro da sua vida é refletir se você sabe exatamente para onde vai seu rico dinheirinho. Muitas pessoas sabem em linhas gerais com o que gastam, mas não tem controle no detalhe.
Sempre pergunto para meu interlocutor se ele já teve aquela sensação de ter uma nota de R$ 50 ou R$ 100 na carteira e gastar R$ 3 ou R$ 4 reais com um cafezinho, por exemplo, e depois parece que o restante do dinheiro – que era a maior parte – simplesmente ter sumido. As cabeças se agitam nervosamente em sinal afirmativo. Parece que ao “abrir” uma nota grande, o dinheiro cria asas e some.
Essa é a importância do controle no detalhe das despesas. Se tiver o hábito e a disciplina de anotar tudo o que gasta, cada centavo de real, garanto que você vai levar um susto no final do mês. As pequenas despesas despercebidas viram um montante considerável no final de um mês ou de um ano.
Lembra do ditado? “O diabo mora nos detalhes”.

O antídoto?
Controle, disciplina e uma boa ferramenta. Existem diversas soluções disponíveis na Internet, que podem ser acessadas facilmente de qualquer lugar, ou ao menos um bom aplicativo para o celular. Porque hoje sempre estamos com nossos smartphones à mão, não é mesmo? Logo depois de uma compra ou despesa, saque o todo poderoso do bolso e anote.

O ideal é que esta ferramenta já contenha algum tipo de categorização e que você já atribua aquela despesa a uma categoria, para que saiba quais são as que estão consumindo seus recursos.

Desenvolvemos por aqui 6 categorias que englobam praticamente todas as despesas que
fazemos no dia a dia. São elas:
. Necessidades essenciais
. Tranquilidade financeira
. Fazer pelo outro
. Diversão
. Compras de longo prazo
. Desenvolvimento pessoal

Mas como saber quanto gastar em cada categoria?
Taí uma resposta que faz toda a diferença na sua vida financeira… depois de controlar suas despesas por uns 2 ou 3 meses, você conhecerá seus padrões de comportamento financeiro. Por onde tem ido seu dinheiro e com o que tem gasto seus recursos.
Transformando tudo em percentual, você verá que parte vai para suas necessidades essenciais – aquelas despesas sem as quais sua vida fica mais difícil ou até impossível; parte será gasto com diversão de um modo geral – é o cinema, o chopp ou balada, o churrasco de fim de semana e assim por diante; uma parte vai para compras que você deveria ter se planejado com alguma antecedência – a compra de uma TV ou celular novos, a troca da geladeira, a prestação da viagem de férias, etc. outra parte que você pode encontrar (ou ao menos deveria) são despesas com seu desenvolvimento pessoal – o curso de inglês ou informática, a terapia ou academia, a compra de um livro técnico são exemplos destas despesas.

Idealmente, na nossa metodologia, você deveria ter gasto algum dinheiro ajudando alguém de alguma forma – seja aquele estagiário que precisa de um papo sobre sua carreira, ou um amigo que passa por dificuldades e quer conversar, ou ainda as despesas que você tem quando leva aquela tia idosa para almoçar, com o propósito de fazer o bem – que acaba sendo para você e para ela.
Pode ser que você encontre despesas que não se enquadram em nenhuma categoria, como aquela compra do fone de ouvido que você nem precisava, mas deu uma vontade de comprar, ou aquele sapato novo da coleção que acabou de sair ou ainda aquele que acabou de entrar em promoção, ainda que você nem estivesse pensando em comprar no momento. Sim, meu amigo ou amiga leitora, estamos falando das famigeradas compras por impulso.

Impulso que não impulsiona
Você sabia que as compras por impulso representam algo como 1% a 3% de todas as compras que fazemos, mas que o dinheiro gasto com elas pode chegar a 25% da nossa receita? Pois é. Comprar por impulso pode ser um dos motivos que estão bagunçando suas finanças pessoais. É o tipo de despesa que só impulsiona seu endividamento.

Não estamos falando aqui para deixar de comprar algum item pelo prazer de comprar. O que estamos propondo é que estes gastos também sejam pensados, planejados. Quem se prepara não se preocupa. Se você reservar um dinheiro para estas compras, você pode escolher quando fazer e o que comprar. Mas não será surpreendido pela fatura do cartão, que fugiu do controle.

Fácil falar, difícil fazer
Pode ser que a essa altura, você esteja falando exatamente isso: “é fácil falar ou escrever essas coisas; aposto que ele não faz; ainda que faça, ele não está na minha pele pra saber como as coisas são por aqui!”
Acredite, amigo ou amiga leitora, eu já estive bem aí, com as contas desequilibradas ou desajustadas, nesse caos que talvez você esteja vivendo. Sem saber por onde começar. Antes de mais nada, cuidado com os sabotadores! Você pode ter zilhões de desculpas para não começar a organizar sua vida financeira. E são desculpas mesmo! Desde a falta de tempo, que vem junto com o pensamento: “quando esse cara imagina que vou ficar alimentando planilhas ou um aplicativo de celular com as minhas despesas? Trabalho 15 horas por dia e não tenho tempo pra nada!” Típico sabotador de tempo. Se você criar o hábito de lançar suas despesas quando elas acontecem, você não levará mais do que alguns segundos para atualizar. Aposto que você gasta bem mais o que isso no WhatsApp por exemplo. E, convenhamos, nem sempre com coisas úteis.

Quer ver outro sabotador? “Nossa, que chatice ficar fazendo contas e olhando para planilhas. Aliás, eu nem sei muito bem como isso funciona. Isso não é para mim!” Este é o sabotador da dificuldade. E mais uma vez, digo que é apenas uma questão de hábito, de querer fazer.
Poderia ficar listando outros tantos sabotadores.Mas o que eu gostaria por agora é ajudá-lo a perceber como os sabotadores funcionam. É como uma voz bem baixinha que começa a conversar com você e tenta te impedir de fazer algo novo. E não estou falando apenas de finanças pessoais. Repare como esta voz interior vive lhe dando conselhos ou desencorajando você de fazer algumas coisas. Pois bem, essa é a função dela.

Alguém soprou no meu ouvido
Essa voz tem a função de evitar que você se afaste da sua zona de conforto. Fazer o que você está acostumado a fazer é bem mais seguro. Essa voz quer te proteger. Não brigue com ela…
O legal é que você pode mostrar a ela que novas coisas, novos hábitos, podem ser tão seguros e ainda gerar benefícios enormes para sua vida. Então, vença a inércia! Diga a ela que você agradece pela preocupação, mas que só dessa vez você vai tentar. E faça! Anote as despesas, invista um tempo para olhar todos os dias para suas contas, compare com o que deveria estar gastando e aprenda a se conhecer.
Passado alguns dias, e com alguns resultados positivos do novo comportamento, esse novo hábito se tornará comum. E quando você deixar de fazer, a tal voz sussurrante vai lembra-lo: “você não está esquecendo de nada?”

Essa é uma das maneiras mais eficazes de instalar um novo comportamento. Insista!
Ah, para reconhecer esses sabotadores, desconfie das verdades absolutas que o guiam.
Não tenho tempo. Não sei fazer. Vou deixar para outro dia, etc.

O próximo passo: ajustar
Pois bem. Você já se convenceu de que a crise não é a única culpada. Você sabe que parte da responsabilidade é sua e que precisa vencer a inércia. Já baixou um aplicativo e está controlando suas despesas no detalhe. Parabéns! Olha quanta coisa você já fez para arrumar sua vida financeira. Falta só … arrumar! Vamos lá?

Ajustes não são restrições.
Nosso cérebro não gosta de restrições, de privações. Ele vai tentar demovê-lo de qualquer ideia que seja restritiva, porque ele acha que “vocês” vão sofrer. E ele não quer isso. Mas quem falou em restrição? Ajustes são correções que fazemos em várias áreas da nossa vida, para termos ganhos, benefícios e melhorias.
Se você partir desse ponto e se convencer disso, aceitará os ajustes como uma etapa de correção, com enormes ganhos depois.Uma ideia importante que você deve aceitar é a de que pagar juros não é saudável, não faz bem e no longo prazo pode lhe trazer grandes complicações. Então, um ajuste necessário para melhorar sua vida é parar de pagar juros.

Aqui vão algumas dicas para auxiliá-lo neste processo.
Como você já tem controle dos seus gastos, você pode (re)ver todas as despesas que
fazem com que você pague juros e:

a) Renegociar – bater na porta do credor e solicitar redução dos juros, afinal as taxas estão caindo.
b) Trocar por uma despesa que não cobre juros ou que tenha juros mais baixos – se a dívida está em um banco ou é um empréstimo, ou ainda cartão de crédito, troque a dívida. O cheque especial e o cartão de crédito estão entre as taxas mais altas. Um empréstimo consignado, por exemplo, tem taxas menores. Pegue este último para pagar os primeiros.
c) Momentaneamente, reduzir suas despesas com diversão, com compras de longo prazo ou desenvolvimento pessoal, para se livrar rapidamente dos juros – aqui estão alguns ajustes.

E para cada categoria, você deve fazer esta análise. Por exemplo, quais despesas com necessidades essenciais podem ser alteradas? Eu preciso deste plano de celular ou TV a cabo? No extremo, e dependendo de sua situação financeira, você pode chegar à conclusão de que não precisa ou não deve morar onde mora, que pode fazer ajustes nisso também. Eu mesmo sempre faço essas análises. Mesmo quando a situação não é de desequilíbrio. Porque o objetivo é ter tranquilidade financeira. Então, fazer ajustes deveria se tornar um hábito.
Que tal trocar a diversão atual por algo mais em conta. Às vezes, um piquenique no parque vale mais do que um passeio no shopping ou uma tarde de compras.
Acredite!

Como arrumar sua vida financeira?
A resposta é simples mas não é rasa. Em outras palavras, dá trabalho porque envolve autoconhecimento e as pessoas não estão muito acostumadas a olhar para dentro. Passa por convencer-se a promover mudanças de hábitos e comportamentos. Passa por reflexões sobre estilo de vida e consumo. E passa por ajustes, pelas conversas internas, pela consciência da necessidade de mudanças.
Falando assim, parece complexo, difícil e até meio assustador. Deixe-me melhorar as coisas.
1. Tenha a disciplina de controlar suas despesas no detalhe. Escolha uma ferramenta para isso;

2. Compare como suas despesas estão hoje, frente a como deveriam ser, para lhe trazer tranquilidade financeira. Existem muitas metodologias para isso. A gente mesmo tem uma sensacional. Convido você a conhecer nosso site;

3. Promova ajustes. Onde houver desequilíbrio, mude. Não é restrição. É ajuste e isso é muito bom!

4. Pare de pagar juros, ou tente diminuir o que paga. O objetivo é parar de pagar juros o quanto antes. E começar a receber! O dinheiro precisa trabalhar para você!

5. Planeje as compras por impulso. Parece contraditório. Porque se são planejadas, não são por impulso. A ideia aqui é estar preparado, com dinheiro no bolso, para quando quiser comprar algo fora do comum.

O caminho é a mudança de comportamento financeiro. Não se trata de ganhar mais ou gastar menos. Trata-se, isso sim, de fazer melhores escolhas, de preparar-se. O problema da falta de dinheiro, por incrível que pareça, não reside no bolso. A dor no bolso é consequência e não a causa!

Por: João Henrique Ribeiro e Victor Corazza Moden

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